Depois de nos falar, na sua última viagem literária em "Nação Pária", Adelino Timóteo mergulha-se agora em águas mais profundas - as águas do amor e utopia»:
Na obra "Dos Frutos do Amor e Desamores até á Partida" lançada na última semana em Maputo, Adelino Timóteo, escritor moçambicano natural da Beira, "despe-se para um novo mundo, mas cercado apenas pela sua amada, e a posterior, esta o abandona e acaba ficando com a poesia. E é a poesia que compõe esta obra com 48 páginas.
Iludido pelas ilusões de Pablo Neruda, em "Vinte poemas de amor e una canción desesperada" e pelos Sonetos de Amor, de Luís de Camões, encontramos nesta recém-chegada obra moçambicana, versos constituídos em prosa, acumulados de prazer, desejos, e louvação. Aliás, viajando pela primeira parte do livro "Dos Frutos de Amor" fica clara a imagem de um homem dolorosamente apaixonado e envolvido nas loucuras de amor.
Já a segunda parte "Desamores até á Partida" encontramos um homem solitário, abandonado com o seu amor ardente, nas mãos que extraem apenas a palavra, a poesia e outros delírios.
Desta vez, Adelino Timóteo, realizou um sonho, que é voltar para as utopias da infância e reviver amores desconhecidos da terra que o viu a nascer.
Mas nem só as palavras colocam-nos juntos do livro, as imagens também falam. Retratando os dizeres "loucos de amor", o artista plástico Rogério Sitoe, também escreveu em forma de desenho, os versos de Timóteo. No livro encontramos diversas variações da "nudez": por um lado, descrito em palavras, mas principalmente, por outro lado, exposto em imagens. Isso mesmo. A imagem "Dos frutos do Amor" é feita pelas ilustrações de Rogério Sitoe, pelo que, cabe a quem entende de arte, para sentir-se a vontade. E boa viagem.
Jornal Escorpião