Milhares de pessoas, incluindo dirigentes moçambicanos e estrangeiros, assistiram hoje (quarta-feira) na Praça da Independência em Maputo ao descerramento da estátua do primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, uma das maiores da África Austral.
A estátua é feita em bronze, tem nove metros de altura e pesa 4,8 toneladas, e foi colocada numa base de betão de 2,7 metros.
A estrutura foi construída na Coreia do Norte e colocada no largo da Praça da Independência, onde Samora Machel tomou posse como primeiro Presidente moçambicano e começa a avenida que tem o seu nome na capital moçambicana.
A inauguração da estátua foi o ponto mais alto das comemorações do dia 19 de Outubro, dia em que Samora Machel e 33 membros da sua comitiva morreram num desastre aéreo na localidade sul-africana de Mbuzini.
Milhares de pessoas estiveram presentes nas cerimónias da Praça da Independência, transmitidas em directo pela rádio e televisão públicas para todo o país, que gozou hoje um feriado para poder acompanhar a efeméride.
Discursando na ocasião, o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, exaltou as qualidades de Samora Machel, reiterando o compromisso de Moçambique de envidar esforços para o apuramento das causas do desastre.
"Faremos todos os esforços, para que sejam conhecidas as circunstâncias da sua morte e que a justiça seja feita", disse Armando Guebuza, no seu discurso de homenagem ao "fundador da nação moçambicana".
Falando em nome da família Machel, Graça Machel, viúva do falecido Presidente, manifestou preocupação com o facto de a morte do ex-marido não estar ainda esclarecida.
"Preocupa-nos sobremaneira a lentidão do encerramento das investigações" sobre as circunstâncias em que Samora Machel morreu, disse hoje em Maputo Graça Machel, na homenagem alusiva ao 25.º aniversário da morte do primeiro chefe de Estado moçambicano.
RM - 19.10.2011