Em Moçambique, que você seja empregado ou possua o seu próprio negocio, se não apoia a Frelimo, você nunca poderá avançar na vida. A Frelimo fará tudo por tudo para lhe criar dificuldades.
Se você vive na diáspora, pode ir visitar Moçambique e deslocar-se a qualquer ponto do pais contacto que não fale muito. O governo da Frelimo teme muito os diasporanos que são cidadãos dos Estados Unidos, do Canada, e dos países da União Europeia.
De facto encontrei-me com alguns membros da Frelimo oriundos de Caia, Mutarara, Magagade, Marromeu, Chinde, Chemba, Sena, Nhamapaza, Inhaminga, Tambara e o régulo Katumbe (nome alterado) – todos eles rogaram-me que fizéssemos alguma coisa para que as nossas regiões obtenham alguma ajuda de fora.
Eles gostariam que os diasporanos escrevessem nos jornais americanos, canadianos e europeus para se lamentarem que a ajuda que se concede a Frelimo é utilizada somente nas províncias do Sul em vez de ser utilizada em todo o pais. E é porque muitas indústrias de destaque que existiam nas nossas regiões deixadas pelos portugueses foram transferidas para as províncias do Sul para se criar empregos para as pessoas daquela região dos país.
A Agencia para o Desenvolvimento Internacional esta sendo pressionada para dar mais fundos ao Sul do pais. Escrevei uma carta ao director regional daquela organização para lhe dizer que ele deve cobrir todo o pais quando concede ajuda a Moçambique e para não se concentrar somente na região do Sul.
Muitas estradas de Maputo estão a receber novos nomes. Uma delas recebeu o nome de Martin Luther King quando estive lá. Todavia, o cobarde Daviz Simango, edil da Beira, é incapaz de chamar qualquer estrada como Rua Uria Simango, Rua Adelino Gwambe, e Rua Joana Simão.
A Graça Machel tem uma organização chamada KUBATANA e TABATANa, que ela alega ser humanitária, mas os fundos que ela consegue do estrangeiro em nome da tal organização vão para os seus bolsos. Pringo (nome alterado) mostrou-me casas que lhe pertencem entre Caia e Sena para as quais angaria fundos do estrangeiro enquanto ninguém vive nelas. E todos os fundos que ela consegue do estrangeiro vão para o seu bolso.
Concluirei a reportagem da minha viagem a Moçambique com um capítulo sobre Chissano.
Carta do Dr. Jaime Maurício Khamba a Francisco Nota Moisés
15 de Outubro de 2011