Por Suizane Rafael
O treinador de futebol Carlos Queiroz disse segunda-feira em Lichinga que a formação deve ser o principal caminho a seguir para grandes sucessos.
Falando a jornalistas a margem da entrega das 300 bolas, Queiroz reconheceu ser difícil garantir apoios à formação, mas que com a entrega de todos é possível ter talentos a altura.
Chamou atenção para que se faça uma mobilização de apoios para o futebol no Niassa e a prestação de contas acerca dos apoios que as equipas recebem dos patrocinadores.
Anualmente Carlos Queiroz escala a província do Niassa onde possui empreendimento turístico em Marrupa.
Desta feita falou do que viu e do pensa a cerca do futebol em Moçambique e noutras paragens onde tem passado.
“Estou cá como amigo, sou treinador profissional de futebol, fico feliz por saber que há pessoas que entregam o seu tempo e dinheiro para o futebol da província do Niassa e sobretudo as crianças. A parte mais difícil é esta que começa agora; fazer rolar as bolas. A bola não é magia quando está cheia, a bola quando rola há alegria, mesmo se as pessoas estiverem descalças ou com fome, elas gritam”, disse.
Olhando para o novo projecto do futebol dos Mambas, a selecção de futebol de Moçambique que já possui um novo treinador, o professor Queiroz afirmou que é preciso dar tempo para que haja resultado.
“É uma nova etapa, é preciso preparar muito bem a ideia para que se possa alcançar bons resultados. A segunda fase também deve incluir muita preparação. Eu vou dizer três coisas importantes para que haja sucesso: Bolas, Crianças e Campos de futebol. Os treinadores e os campeonatos fazem parte, mas a coisa mais importante são as bolas e as crianças. Futebol é um jogo que qualquer equipa pode vencer a outra, temos que ser honestos e trabalhar mais, não há formulas mágicas, não há magia para que Moçambique se qualifique ao Mundial de 2014. Vou dizer três coisas que não gosto de dizer há 32 anos. Trabalhar, Trabalhar e Trabalhar”, explicou.
Olhando para a província do Niassa onde tem dado o seu apoio ao futebol através da entrega de bolas, Queiroz disse ser muito triste que não haja apoios às equipas locais.
“Sou empresário como qualquer moçambicano nascido nesta terra. Já trouxe centenas de bolas ao Niassa, mas temos que ser todos a ajudar. Vejo muitas empresas, pessoas com lojas, ferragens todas aqui em Lichinga, penso que com ajuda de todos estes, Lichinga irá para frente, temos que estar todos juntos pelo futebol, devemos fazer uma mobilização geral do Niassa para o futebol; temos que ter uma equipa de Marketing junto das empresas, as ajudas devem ser bem direccionadas e com prestação de contas a quem dá a ajuda. Se haver esta mobilização, então teremos mais bolas e equipamentos e sucesso” rematou.
FAÍSCA – 21.10.2011