PERTO de 20 mil pessoas participam mensalmente em programas de desenvolvimento designados “Comida pelo Trabalho” que estão a ser realizados pelo Programa Mundial de Alimentação (PMA), em áreas afectadas pelas secas e cheias durante a campanha agrícola passada.
Segundo a representante do Programa Mundial da Alimentação (PMA) e coordenadora humanitária da Equipa das Nações Unidas em Moçambique, Lola Castro, neste momento aquela agência não está a proceder à assistência alimentar directa que compreende a distribuição de alimentos.
“Na área de emergência não estamos a assistir directamente a ninguém, porque basicamente o trabalho agora consiste em alimentos pelo trabalho. As comunidades estão a trabalhar na área produtiva. Estão a reabilitar pequenos sistemas de irrigação e de drenagem para conseguir ter uma produção mais elevada próximo ano e também trabalhamos com crianças e mães com problemas de malnutrição aguda e crónica e doentes com HIV/SIDA e tuberculose conjuntamente, com a Saúde, e crianças nas escolas em áreas de segurança alimentar, com o Ministério da Educação”, disse a nossa fonte.
De igual modo, segundo Lola Castro, o Sistema das Nações Unidas, em associação com o Ministério da Mulher e Acção Social, vai implementar a nova estratégia de segurança alimentar básica para órfãos e crianças vulneráveis e na área de trabalhos intensivos para as pessoas que têm alguma vulnerabilidade.
Para além do programa “Comida pelo Trabalho”, o PMA está a trabalhar com o INGC também na remuneração pelo trabalho que é intercalado com comida pelo trabalho visando reabilitar as famílias afectadas pelos desastres naturais.
A actividade de remuneração está a ser desenvolvida em Caia, conjuntamente com o INGC, as autoridades distritais e o Ministério da Acção Social, o que vai evitar que as famílias em causa sejam afectadas por cheias.
O PMA e as autoridades governamentais esperam identificar as necessidades para diferentes áreas através do plano de contingência que deve ser aprovado em breve pelo Conselho de Ministros.
É com base nos resultados das avaliações regulares que as diferentes instituições relacionadas com a gestão de desastres, particularmente dos associados à insegurança alimentar e nutricional, desenvolvem os seus planos de acção.
Os beneficiários da ajuda do PMA são identificados através do Mapeamento e Análise da Vulnerabilidade realizado regularmente pela instituição e também dos dados que são publicados pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) que realizou em Agosto último um trabalho de campo e cujos resultados devem ser conhecidos próximo mês.