A ENI anuncia que a descoberta de gás natural na prospecção exploratória de Mamba Sul 1, Área 4, ao largo da costa de Moçambique, é cerca de 50 por cento maior da que foi anunciada pela Companhia a 20 de Outubro.
A companhia petrolífera italiana Ente Nazionale Idrocarburi (ENI) anunciou, ontem, que as suas reservas de gás natural na província de Cabo Delgado, Norte de Moçambique, aumentaram 50 por cento com a descoberta de novos depósitos de gás natural.
Assim, sobe para cerca de 22,5 triliões de pés cúbicos a quantidade de gás natural, até agora, descoberta pela ENI em Moçambique.
“A ENI anuncia que a descoberta de gás natural na prospecção exploratória de Mamba Sul 1, Área 4, ao largo da costa de Moçambique, é cerca de 50 por cento maior da que foi anunciada pela Companhia a 20 de Outubro”, refere o comunicado da multinacional italiana recebido pela AIM.
“Durante o processo de perfuração, foi encontrado, a uma maior profundidade, um novo ‘pool’ com um potencial de até 7.5 triliões de pés cúbicos de gás natural”, lê-se no documento.
Contudo, a perfuração do furo vai prosseguir até atingir uma profundidade de cerca de 5 000 metros. Após a conclusão do furo e dos testes, a plataforma de exploração será deslocada para fazer um outro furo na área de Mamba Norte 1, localizada a cerca de 22 quilómetros a norte de Mamba Sul.
Refira-se que a ENI anunciou, a 20 de Outubro corrente, a descoberta de 15 triliões de pés cúbicos de gás natural na província, na área Mamba Sul 1, a uma profundidade de 1 585 metros, cerca de 40 quilómetros ao largo da costa de Cabo Delgado.
Este foi o primeiro furo da ENI para a prospecção de hidrocarbonetos na Área 4. As reservas de gás natural em Mamba Sul constituem um marco importante para a ENI, pois são maiores em toda a história daquela multinacional italiana.
A ENI é a companhia operadora da ‘Offshore’ Área 4, onde detém 70 por cento das acções. Outros parceiros incluem a companhia portuguesa Galp Energia (10 por cento), a sul-coreana KOGAS (10 por cento) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos de Moçambique (ENH) com 10 por cento.
O governo moçambicano concedeu a licença à ENI, em 2006, para explorar a região de 2 000 quilómetros quadrados de área.
O PAÍS – 27.10.2011