FOI sanado o problema que opunha a direcção da Açucareira de Moçambique (AM) e os trabalhadores. Os grevistas receberam seu bónus e devolveram o material de trabalho que haviam retido.
Os trabalhadores em regime sazonal receberam quatro mil meticais cada, fruto de uma negociação precedida pela greve. O “braço de ferro” entre a direcção daquela açucareira situada no posto administrativo de Mafambisse, distrito de Dondo, em Sofala e a massa laboral estava em torno do prémio de trabalho.
“Felizmente a direcção da empresa pôs a mão à consciência e decidiu não prolongar a discussão que não devia acontecer se não fosse a incompetência de alguns compatriotas nossos. Colegas nossos estavam para ‘abocanhar’ os poucos valores que eram destinados a nós e deu lugar a esta vergonhosa greve”, disse um trabalhador que se manifestou satisfeito pela vitória.
Por unanimidade, a massa laboral disse que a Reportagem do “ Notícias” contribuiu grandemente para que houvessem pagamentos. É que segundo afirmaram, a chefia havia recusado redondamente efectuar a entrega do bónus “ de que temos direito.
Quando o jornal “Notícias”publicou um artigo, falando desta greve, de repente, fomos chamados e pagos o nosso dinheiro”-disse um dos trabalhadores que pediu anonimato.
Refira-se que a Açucareira de Moçambique emprega cerca de quatro mil trabalhadores. Esta massa laboral é engrossada por gente com contratos precários, ou seja, em regime sazonal. É este grupo que é encorajada a trabalhar através de premiações.
Quando eclodiu a greve na sexta-feira passada no campo de produção de cana em Chirassicua, os trabalhadores se recusaram a entregar os instrumentos de trabalho e por isso, por questão de segurança, a PRM foi obrigada a controlar os ânimos.
Da direcção da empresa, mais uma vez a nossa Reportagem não encontrou colaboração. Ninguém estava disposto a nos receber, segundo a segurança. A nossa intenção é que houvesse um esclarecimento sobre os contornos da greve, uma vez que se aventou ter sido desviado um valor que seria destinado a premiação dos cortadores de cana.
- Rodrigues Luís