O ARCEBISPO da Beira, Dom Jaime Pedro Gonçalves, despediu-se fim-de-semana último dos fiéis da Paróquia da São Benedito, no bairro da Manga, desejando a paz ao país.
O prelado que se encontra prestes a aposentar evocou a paz e concórdia como o bem precioso que se deve sempre preservar através de diálogo.
Debruçando-se sobre factos políticos e sociais do dia-a-dia do nosso país, Dom Jaime afirmou que a igreja ajuda a reconciliar os homens, tendo até concluído ser possível que a Diocese da Beira encontre uma solução do diferendo que envolve o Governo e a Renamo em relação aos homens armados que se encontram em Marínguè.
Sugerindo aos fiéis da Igreja Católica, o arcebispo da Beira disse que deve continuar a servir às comunidades “Neste momento, a igreja tem que servir a reconciliação porque já não se justifica que haja pessoas que merecem a morte de outros moçambicanos. É possível a Diocese da Beira ajudar Marínguè a se entender com Maputo”, disse Dom Jaime que foi um dos negociadores do Acordo Geral da Paz em Roma e que vai à reforma com 75 anos de idade e está há 35 anos à frente da Arquidiocese da Beira. O prelado afirmou que deixa uma igreja com símbolo diocesano, com sacerdotes, cleros, e animadores próprios, para além de ter ajudado a estabelecer uma igreja evangelizadora. Dom Jaime Gonçalves lançou um apelo para que se promova a formação de sacerdotes diocesanos.
Várias individualidades, entre os quais bispos, sacerdotes, políticos participaram na missa celebrada em sua homenagem na Beira. O governador de Sofala, Carvalho Muária disse que o país deve muito aos feitos do prelado.
- Rodrigues Luís