A ZONA Económica Especial de Nacala (ZEE) tem já implantada a sua primeira infra-estrutura. Trata-se do Terminal Especial de Exportação, com um investimento avaliado em pouco mais de dez milhões de dólares norte-americanos.
O empreendimento, inaugurado ainda esta semana, pertence à empresa NCL África Terminal Especial de Exportação e tem capitais privados moçambicanos.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da NCL África Terminal Especial de Exportação, Tomás Mandlate, a iniciativa surge para responder a oportunidades criadas pelo actual cenário do país e na ZEE de Nacala, em particular, caracterizado pelo crescente e contínuo esforço encetado pelo Governo com vista a uma maior liberalização das actividades económicas.
É desígnio do Terminal Especial de Exportação, que ocupa uma área de dez hectares e que ainda comporta um armazém de retenção de carga diversa com capacidade de oito mil toneladas, de acordo com a fonte, prestar serviços de armazenamento, manuseamento, transporte, conferência e tramitação aduaneira com segurança de toda a mercadoria e equipamento que se encontre no interior do terminal.
O terminal especial de exportação, situado ao longo da EN8 na zona industrial, vai igualmente descongestionar e optimizar as operações no porto de Nacala que dista a sensivelmente dois quilómetros.
O "Notícias" apurou ainda que a empresa cedeu um espaço físico com todas as condições para as Alfândegas de Moçambique e outras instituições do Estado afins poderem realizar o desembaraço aduaneiro garantindo aos exportadores que num só lugar tenham a sua mercadoria armazenada e igualmente vistoriada pelos agentes alfandegários.
O surgimento da NCL Terminal Especial de Exportação, de acordo com o PCA Tomás Mandlate, vai ainda contribuir para uma maior competitividade e melhoria da qualidade de serviços oferecidos por diversos agentes económicos. O cenário é caracterizado igualmente pelo crescente nível de actividades no porto de Nacala, ilustrado pelo volume crescente de contentores manuseados e consequente congestionamento naquela infra-estrutura, especialmente no que se refere à exportação.
"Foi neste âmbito que a NCL Terminal Especial de Exportação, motivada pelas dificuldades que se vinham assistindo no que concerne ao processo de exportação no contexto actual nesta região, impulsionada pela agressividade e a par da decisão do Governo moçambicano de combater a pobreza e o desemprego, decidiu criar e implementar esta infra-estrutura para o manuseamento de contentores oferecendo condições para o empacotamento e desempacotamento e armazenamento de carga", explicou Tomás Mandlate.