A ASSOCIACAO dos Combatentes da Luta de Libertação Nacional (ACLLN) emitiu ontem um comunicado em que condena com veemência as ameaças do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de promover manifestações à escala nacional no mês em curso.
Segundo o documento a que tivemos acesso, a organização entende que qualquer tentativa de manifestações poderá empurrar o país para uma situação de instabilidade política, perigando “a paz que foi conquistada com muito sacrifício e sangue de milhares de cidadãos”.
“Queremos, desde já, alertar todos os veteranos de guerra, de um modo particular, e todos os moçambicanos de bem, em geral, para se manterem permanentemente vigilantes e denunciarem às autoridades competentes qualquer que seja a manobra visando criar distúrbios e atentar contra vidas humanas. Qualquer que seja a tentativa de realizarem tais manifestações vai provocar caos nacional e comprometer todos os esforços que os moçambicanos estão a realizar para combater a pobreza”, refere o comunicado.
Diz ainda que qualquer que seja a alternância no poder só poderá ocorrer através do voto popular e não por imposição de qualquer que seja a forca política. “Nenhum argumento justifica a pretensão do líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Ele deve ter a capacidade e a sabedoria de assumir-se como um líder do maior partido da oposição e trabalhar para continuar a manter a paz e a estabilidade em Moçambique”.
De acordo com a ACLLN, todas as forcas vivas da sociedade, desde os políticos, as igrejas, académicos, jovens e todos amantes da paz “não devem permitir que o país volte a ser palco de instabilidade e insegurança, numa altura em que Moçambique regista um crescimento económico assinalável e a merecer a atenção de potenciais investidores externos que pretendem despertar o potencial de recursos adormecidos no nosso território”.
Ainda ontem, a Associação de Jovens Amantes da Paz também distribuiu um comunicado à imprensa, manifestando o seu repúdio contra qualquer tentativa do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, em pôr em causa a paz.
“Apelamos a todos os jovens para estarem vigilantes e denunciarem qualquer manobra que possa conduzir o país a desordem”.