É com todo respeito e humildade que endereço as minhas cordiais saudações ao Senhor presidente, desejando-lhe saúde e paz no seio da família.
Sou um cidadão Moçambicano, venho acompanhando através dos órgãos de informação a situação que se tem vivido no país. Gostaria de forma modesta endereçar as minhas palavras ao Sr. Presidente.
Não existe mestria eficaz para a educação de um povo frustrado.
Excelência, continue mostrando perfil de um verdadeiro cristão. Prepare, eduque os seus filhos de modo que não tenham má concepção desta manifestação revolucionária.
Excelência, faça nota de seguintes palavras “ o povo Moçambicano ultimamente tem andado frustrado devido a tantas razões que não me compete mencionar. Razões estas constituem argumento de sua manifestação. No entanto educar indivíduos frustrados não se tem mostrado tarefa fácil - é muito difícil. Pessoas frustradas têm tido tendências maldosas, controlar seus ânimos ainda não é tarefa fácil. É necessário grande cautela! Excelência, o ser humano é tão complexo que a si mesmo não consegue se compreender!”
A título de exemplo tem-se verificado durante as campanhas eleitorais tensões descontroláveis que acabam culminando em violações entre dois partidos opostos. O que é se espera de uma manifestação?
Manifestar é pois direito de todo indivíduo. As pessoas manifestam-se quando felizes ou tristes. Mas estas são de diferentes graus.
Excelência, após o grande baptismo do nosso país em Roma, não gostaríamos de ver Moçambique em manchas de sangue, nem o nome do senhor presidente em páginas negras. O senhor fez e tem feito muito por este país - reconhecemos! Reconhecem ainda aqueles que acham que não comungam com as suas ideias - é natural.
O nosso reconhecimento por si não sai dos livros de história feita por um punhado de gente para desviar as verdades deste país como tem si feito. O nosso reconhecimento por si fica nos 16 anos de luta pela democracia, cujo fim se concretizou em Roma. Todos nós conseguimos compreender. Os surdos viram, os cegos ouviram no dia 04 de Outubro de 1992 a assinatura do acordo de paz. O seu abraço quente com o Ex-presidente Joaquim Alberto Chissano, Aquele abraço não foi só vosso foi um abraço de Moçambique e do mundo inteiro.
Nas suas acções, recorde-se daquele abraço, recorde-se de nós seus filhos, seus irmãos, suas irmãs, seus netos que jamais queremos andar de corações nas mãos, jamais queremos confundir sons de batuque com os de granadas, sons de batuques com os de bazuca, sons de batuque com os de metralhadoras. Nós queremos paz, queremos paz, queremos paz e a manutenção da paz não se deve fazer pelo uso de força mas sim diálogo.
Pense no seu povo
Pense no estágio do seu país
Lute para completar e não para destruir e começar de novo!
Por: Waka Dele Zavala
31/12/2011