A CIDADE do Maputo voltou a registar focos de acumulação de lixo depois de vários meses em que a edilidade, através de empresas subcontratadas, conseguiu manter a urbe limpa.
A situação foi particularmente notória em avenidas como a 24 de Julho e Eduardo Mondlane onde o lixo acabou transbordando dos contentores e já era atirado ao chão por falta de recolha.
Até ontem, em muitos pontos destas duas avenidas o lixo ainda estava por recolher, situação que contrasta com outros locais da cidade onde a nossa Reportagem encontrou contentores sem resíduos sólidos.
Fonte da edilidade, quando contactada pela nossa Reportagem, reconheceu as dificuldades na recolha dos resíduos sólidos que, segundo justificou, ficaram a dever-se a avaria no único camião que está adstrito àquela zona da cidade.
A viatura, pertença da Enviroserv, empresa responsável pela limpeza da cidade, avariou na terça-feira impossibilitando a normal remoção de lixo, segundo Florentino Ferreira, vereador para área de Salubridade e Cemitério no município do Maputo.
Ferreira explicou que a situação foi notória porque a retirada de resíduos sólidos na cidade está dividida em zonas e a viatura avariada é a que percorre a “Eduardo Mondlane” e “24 de Julho”. Entretanto, a nossa Reportagem também encontrou lixo na Malhangalene.
“A cidade está dividida em seis áreas mais a Sommerschield. Deste número, quatro estão sob responsabilidade da Enviroserv e outras duas com a edilidade. Quando soubemos da avaria, apoiamos a zona deficitária”, disse Ferreira, esclarecendo que a Sommerschield é excluída por ser uma área onde o lixo é depositado em sacos plásticos sendo, por isso, de fácil remoção.
No entanto, segundo Ferreira, ainda na quarta-feira começaram as diligências visando resolver o problema com apoio das máquinas da edilidade.
Garantiu que a cidade vai voltar a ver-se livre dos problemas de lixo antes mesmo da celebração da passagem do ano.
“Estamos na época chuvosa e não podemos permitir que haja focos de lixo na cidade para evitar outros problemas”, referiu.
O vereador afirmou também que a substituição do carro avariado não ocorreu, de imediato, porque é uma viatura compactadora cujo acesso é bastante difícil para aluguer imediato.
“Se fosse um camião normal, não custava nada alocar um outro”, afirmou.