Em quase toda a província de Tete, os mercados locais estão repletos de produtos alimentares da primeira necessidade para corresponder à quadra festiva do Natal e do Fim-de-Ano, com maior destaque para ovos, hortícolas e outros produtos para confeccionamento de bolos e bebidas.
Numa ronda efectuada na manhã de ontem pelos mercados dos municípios da cidade de Tete e vila de Moatize, a nossa Reportagem verificou muitos produtos da primeira necessidade à venda incluindo frangos e mariscos fundamentalmente camarão, lagosta, caranguejo, carapau, peixe pedra, corvina, entre outros.
Nos locais visitados, o maior problema está nos preços que estão a conhecer uma oscilação e com tendências de aumento em alguns casos como hortícolas, principalmente repolho que era vendido a 5,00 meticais, mas agora subiu para 25 a 35 meticais. Contrariamente, a batata-reno que é produzida nas terras altas de Angónia e Tsangano, conheceu até ontem uma redução do preço, dos anteriores 110.00 meticais o balde de 20 quilogramas, para 90 a 100 meticais.
“A descida do preço da batata tem a ver com a queda das chuvas nos últimos dias, na região do planalto de Angónia. É que a batata não pode apanhar muita humidade porque se assim for, deteriora-se. Por isso, maior parte dos produtores está a tirar a batata dos seus campos de produção nestes dias, o que leva a que o preço baixe”- disse Alberto Joaquim, vendedor ambulante no mercado informal Kwachena Kunhartanda.
Entretanto, apesar de todos os funcionários do Aparelho do Estado e agentes terem já recebido, na semana passada em Tete, devido ao elevado custo dos produtos básicos alimentares no mercado, a maior parte destes vai usar o magro salário para suportar despesas pontuais caseiras assim como a aquisição dos insumos agrícolas para a fazer face à presente campanha agrícola.
A directora provincial do Plano e Finanças em Tete, Maria de Lurdes Fonseca, disse ao nosso Jornal que os salários referentes ao mês de Dezembro foram disponibilizados aos funcionários a partir do dia 14, para permitir que os trabalhadores passem condignamente a quadra festiva do Natal e de passagem do ano.
“Agora estamos a preparar o 13º vencimento que será liquidado na primeira quinzena de Janeiro próximo. O nosso plano era de disponibilizar o salário ao trabalhador do Estado e agentes até o dia 16 de Dezembro, mas como conseguimos trabalhar mais depressa possível até o dia 14 o vencimento dos trabalhadores já estava nas contas dos funcionários”- afirmou Maria Lurdes Fonseca.
- Bernardo Carlos