O MUNICÍPIO da Matola decidiu pelo encerramento da lixeira do Infulene, localizada na Rua das Flores por constituir um atentado à saúde dos moradores das redondezas.
Como passo inicial para a concretização desta medida, o município demoliu, recentemente, sete barracas situadas junto a referida lixeira com o intuito de proceder a sua vedação e posterior encerramento.
Para além das barracas ora demolidas, a lixeira, situada na Rua das Flores, no Infulene, Município da Matola, está também rodeada de residências daí as autoridades municipais tencionarem impedir o seu uso como depósito de lixo.
Victorino Carapeto, director municipal de Salubridade, Ambiente, Parques e Jardins Municipais, na Matola, confirmou que a demolição das barracas visa facilitar a vedação da lixeira visto que constituíam um embaraço à execução da obra.
No entanto, não precisou a data do início das obras garantindo apenas que as mesmas iniciariam a qualquer momento porque já tinham sido adjudicadas ao empreiteiro, cujo nome escusou se a indicar.
Também não se referiu a duração do contrato de construção da referida vedação, bem como a data em que a lixeira deixaria de funcionar, afirmando que tal acontecerá assim que o muro estiver concluído.
“Já adjudicamos a empreitada e as obras deverão iniciar dentro dos próximos dias e a partir daí vamos começar a preparar o fecho daquela lixeira”, disse Carapeto.
Sobre o futuro dos proprietários das infra-estruturas ora demolidas, o director municipal referiu que não estava em condições de dar muitos detalhes sobre a sua situação uma vez que estes receberam vários avisos, desde o ano passado, sobre a demolição das barracas.
Acrescentou que é possível que as autoridades municipais indiquem novos locais onde poderão continuar a exercer as suas actividades por se tratar da sua fonte de sobrevivência.
Entretanto a demolição deixou indignados sete moradores do mesmo bairro, proprietários dos estabelecimentos comerciais e dos terrenos onde estes tinham sido construídos, que acusam as autoridades municipais de pretenderem despoja-los dos seus espaços, cuja titularidade teriam sido atribuídos em 1998.
Os terrenos e as infra-estruturas demolidas tinham sido construídas numa parcela com sete talhões e na ocasião a sua atribuição tinha como objectivo transformar o local numa zona comercial, o que sucedeu pouco tempo depois com a instalação dos primeiros estabelecimentos comerciais e de uma farmácia.
A demolição destas barracas foi antecedida do envio, por parte da edilidade, de notas dando conta da necessidade da retirada de todas as infra-estruturas junto à lixeira para que esta seja vedada.