UMA enchente sem precedentes foi registada sábado último, na fronteira de Ressano Garcia, na província do Maputo, com milhares de pessoas a demandarem entrar em Moçambique oriundas da África do Sul. As filas de viaturas, do lado sul-africano, chegaram a atingir 12 quilómetros e com pessoas a permanecerem cerca de 24 horas para atravessarem para o lado moçambicano, não obstante o esforço feito pelas autoridades alfandegárias, de migração, Polícia e de serviços de informação e segurança dos Estados de Moçambique e da África do Sul para dar vazão ao movimento invulgar.
Até por volta das 11.00 horas de sábado, as autoridades alfandegárias e de migração de Moçambique já haviam contabilizado cerca de 6 mil viaturas que entraram no território nacional, mas a expectativa era que aquele número pudesse triplicar até ao final do dia.
O director-geral das Alfândegas, Domingos Tivane, que teve que se envolver pessoalmente para coordenar, do lado moçambicano, as tarefas que pudessem dar vazão àquele movimento invulgar, explicou a jornalistas no local que o movimento desusado que a fronteira de Ressano Garcia conheceu no passado sábado, foi originado pelo regresso tradicional dos moçambicanos que, por estas épocas regressam ao país para passarem as quadras festivas, aproveitando-se do facto de várias fábricas na África do Sul se encontrarem, por estas alturas encerradas e pelo facto de Moçambique estar a tornar-se nos últimos tempos, um potencial destino turístico.
“No que diz respeito aos preparativos e ao trabalho em curso com base nesta operação denominada “Paz e Harmonia”, até aqui está tudo controlado, mas devo também reconhecer que o movimento desde a última noite até agora está muito acima daquilo que esperávamos. As filas estão cada vez mais longas e a última informação que temos dos colegas que estão posicionados do lado sul-africano é que as filas são de facto muito longas e confesso-vos que é preciso redobrar os esforços porque elas vão até as proximidades de Malelane.
O número subiu muito e vai exigir de nós um redobrar de esforços. Estamos de facto preocupados e temos que tomar outras medidas alternativas para que a situação esteja cada vez mais controlada.
Do lado moçambicano a situação estava controlada, tendo as autoridades nacionais aberto um canal pedestre para carimbar passaportes e só estamos preocupados com a zona do quilómetro 8 na África do Sul cuja fila, como já vinha dizendo está quase nas proximidades de Malelane e isso preocupa-nos, mas estamos em coordenação com as chefias máximas para outras medidas alternativas”.
De 1 de Dezembro até ao dia 24 de Dezembro, de acordo com as estatísticas mais actualizadas são 277.283 pessoas e cerca de 80 mil viaturas que atravessaram a fronteira para Moçambique e acreditamos que este número, de certeza, entre o dia de hoje à noite e até amanhã, de certeza que vai subir.
Estamos a fazewr este tipo de operações desde 2006 e os acréscimos anuais têm sido na ordem dos 15 a 20 por cento. Normalmente, os picos têm acontecido entre os dias 22 e 23, mas nesses dias tivemos um movimento muito bem controlado, mas infelzimente da noite de ontem para hoje, do lado sul-africano as coisas se estão a comoplicar cada vez mais. Estamos a pensa mais uma medida adicional.
O pico do ano passado, portanto, estou-me a referir aos dias 23 e 24 de Dezembro último, foram ceca de 6 mil viaturas. O que estamos a sentir hoje é que esse movimento poderá ser o triplo, de acordo com as indicações quec ontatamos no terreno.
Na verdade, como deve imaginar, muitas fábricas estã encerradas na Áfruica do Sul nesta fase, então temos tido muito movimento de produtos frescos nesta altura do ano e há um tratamento.Paragem única, quer dizer que as pessoas trazem as suas mercadorias e num único ponto é tramitada toda a documentação e execusa-se de ter várias paragens. É uma mais valia porque poupa tempo e tratadas num único ponto, verificação num único ponto e com a possibilidade de se prestar informação….A partir do dia de hoje, esperamos que esta pressão passe para o lado moçambicano, mas confesso que estamos preparados para isso. Já foram desenhados mecanismos e estratégias que é para que quando essa altura chegar nos encontre muito melhor preprados.Já atingimos cerca de 6 mil ontem, o que significa que para este ano vai ser muito mais forte.