O AUMENTO da produção e da competitividade empresarial impulsionam a criação de riqueza e bem-estar dos cidadãos, testemunho de que Moçambique continua, efectivamente, a crescer. No seu informe anual apresentado ontem, em Maputo, à Assembleia da República, o Chefe do Estado considera que Moçambique tem vindo a demonstrar a sua relevância como actor na agenda internacional.
Como Nação, segundo Armando Guebuza, Moçambique tem centrado as suas atenções na consolidação da unidade nacional, da auto-estima e da paz, da democracia multipartidária, do diálogo, da inclusão e da harmonia social.
Particular relevância é dada à observância dos preceitos do Estado de Direito democrático, à garantia da estabilidade macroeconómica, bem como à consolidação e diversificação das relações de amizade, solidariedade e cooperação com países e povos de todo mundo.
Numa informação transversal sobre o estado da Nação o estadista aludiu aos principais feitos da sua governação ao longo dos últimos doze meses. Sobre a presidência aberta e inclusiva, por exemplo, Armando Guebuza disse que se trata não só de uma resposta às promessas eleitorais, como também de uma cultura política que se enraíza, e que no último ano privilegiou os postos administrativos e localidades, para onde se levaram mensagens sobre a necessidade do aumento da produtividade e competitividade não apenas no sector agrário como em todos os outros que mexem com a vida económica e social de Moçambique.
No âmbito da planificação e gestão macroeconómica, o Presidente referiu-se à aprovação do Plano de Acção para a Redução da Pobreza para o período 2011-2014, ao Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário e ao arranque da implementação do plano estratégico de combate à pobreza urbana, instrumentos que, segundo ele, sintetizam os propósitos do combate à pobreza.
A consolidação da paz, estabilidade e unidade nacional jogaram, segundo o Presidente, um papel fundamental na promoção da imagem do país pois, apesar da contracção da economia mundial, Moçambique continuou a granjear confiança de investidores nacionais e estrangeiros, que ainda procuram oportunidades de investimento no país.
Esta vantagem, de acordo com o Chefe do Estado, permite que o país consolide a sua posição privilegiada no mapa mundial de investimentos, fortalecendo a balança comercial e geração de receitas para o Estado.
Segundo o Presidente, é neste quadro que, em 2012, o país vai acolher e assumir a presidência da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Na sua intervenção, o Chefe do Estado percorreu igualmente as áreas de acção social e género, Educação e Saúde, produção agrária, indústria extractiva, infra-estruturas, reforma do sector público e administração da justiça, esta última vista numa perspectiva de pilar do Estado de Direito democrático.
As acções desenvolvidas neste âmbito, de acordo com o Presidente, tinham em vista a modernização e expansão dos serviços de modo a assegurar o gozo e o exercício dos direitos e liberdades do cidadão e proporcionar maior segurança ao bom ambiente de negócios implantado no país.
Olhando para o futuro, Guebuza apontou aos desafios que o ano de 2012 guarda para o país, na sua maioria derivados da implementação do plano económico e social num ambiente de crise que continua a abalar o mundo.
Ciente dos constrangimentos que o país ainda terá de enfrentar no percurso rumo ao desenvolvimento, o Presidente da República renovou o apelo aos parceiros de desenvolvimento no sentido de continuarem a prestar o seu apoio aos programas de luta contra a pobreza desenhados e aprovados pelo Governo.