O Presidente são-tomense, Manuel Pinto da Costa, manifestou hoje a vontade de ver as Forças Armadas do seu país com uma formação semelhante à dos tempos coloniais, altura em que cumpriu o serviço militar.
"Quando eu servi a tropa, o cidadão que saísse da tropa era cobiçado por toda a gente. Era um exemplo, tinha uma formação cívica boa. O exército era considerado uma escola de formação cívica e técnica das pessoas", lembrou Pinto da Costa, que hoje visitou o quartel-general das Forças Armadas em São Tomé durante cerca de três horas.
"Quando eu entrei aqui hoje entrei com um sentimento de um filho pródigo que regressa a casa e esta casa está mudada. As coisas evoluíram, há muita coisa que foi feita, há muita coisa ainda por fazer", acrescentou.
O Presidente prometeu aos militares "dar a contribuição para que as Forças Armadas possam estar melhor preparadas, técnica, física e emocionalmente para poder jogar um papel importante no processo de desenvolvimento do país".
Pinto da Costa, que é também comandante supremo das Forças Armadas, disse querer que "o Exército volte outra vez a dar uma importância muito particular à formação dos homens, porque o Exército tem que ser uma referência para os civis".
Sem se referir aos golpes militares ocorridos em 15 de agosto de 1995, contra o ex-presidente Miguel Trovoada, e 16 de julho de 2003, contra o governo liderado por Maria das Neves, o chefe de Estado são-tomense lembrou que o Exército "tem que ter um comportamento que permita aos nossos parceiros ver São Tomé e Príncipe sempre pela positiva".
Pinto da Costa aproveitou ainda a ocasião para desejar boas festas aos militares e prometeu fazer de 2012 "o ano de arranque" para São Tomé e Príncipe "chegar à meta tanto desejada (…) que é a meta do desenvolvimento".
LUSA – 14.12.2011