UM incêndio de grandes proporções deflagrou, sábado passado, num estabelecimento comercial, mais conhecido por Casa Kacthi, situado na Avenida 25 de Setembro, na cidade de Pemba, devorando as duas secções, entre as quais de produtos alimentares e de venda e reparação de equipamento informático, encadernação, fotocópias e plastificação.
O Corpo de Salvação Pública, cujo quartel está a cerca de 800 metros, fez-se ao terreno muito mais tarde, o que fez com que fosse apupado à sua chegada pelos vários mirones que enchiam as duas faixas de rodagem e passeios da avenida, em sinal de reprovação da aparente apatia dos “Soldados da Paz”.
O comandante dos bombeiros, Alberto Paindane, contactado sobre o incidente, disse que a comunicação chegou tarde, razão por que os seus homens se fizeram ao local em tempo não muito útil, em termos de salvação dos bens que, eventualmente, se poderia evitar que fossem consumidos pelas labaredas, nas proporções em que ficou o estabelecimento.
“Nós só recebemos a comunicação às 15 horas, mas pelo que sabemos, o incêndio já havia iniciado muito tempo antes. Aí está o problema de muita gente, que tem sido recorrente, só se lembra dos bombeiros depois de acharem que a coisa é muito séria”, disse Paindane.
De acordo com o comandante, imediatamente à informação, os seus homens agiram de pronto e, vendo que as proporções eram demasiadamente violentas, pessoalmente teve de ir pedir ajuda aos bombeiros do aeroporto, que se juntaram à eles, até que o fogo fosse definitivamente debelado.
Ainda não foram avaliados os prejuízos resultantes do incêndio, que o comandante acha serem muito avultados, bem assim avança, preliminarmente, a hipótese de que um curto-circuito esteja por detrás do sucedido.