FAZIAM, ONTEM, VISITA A CAMPA DE UM FAMILIAR
-Trata-se de empresários residentes na Beira e proprietários da empresa Vidreira de Moçambique identificados por Abdul Cadir e Gulzar Sattar. Devido a esta crescente onda de crime, a Comunidade Mahometana pede a Polícia para despertar, porquanto, já lá vão cerca de quinze empresários moçambicanos de origem indiana raptados e a Polícia nunca descobre as redes criminosas.
Mais uma vez os “bandidos” fizeram das suas. Ontem, em Pleno Cemitério de Lhanguene, na Cidade de Maputo, dois empresários foram raptados quando faziam uma visita a uma campa de um familiar em plena luz do dia.
Fontes do Diário de Notícias que revelaram a ocorrência do sequestro, relataram que um grupo de indivíduos em número de quatro, armados com armas de fogo rodearam as vítimas ameaçando-os de morte e apontando as pistolas que portavam e de forma discreta obrigaram os sequestrados a acompanhá-los até a uma viatura estacionada nas cercanias do Cemitério donde partiram sem deixar rastos nem suspeitas do acto que acabavam de realizar com êxito.
Os raptados são dois membros familiares, tratando-se de tio e sobrinho, sócios proprietários da empresa Vidreira de Moçambique e residentes na Cidade da Beira.
Trata-se, segundo as fontes do Diário de Notícias, de Abdul Cadir e Gulzar Sattar.
Tudo indica que, os malfeitores armados se encontravam munidos de toda informação útil para o êxito da operação, isto pela forma como efectivaram o sequestro, imitando os “modus operadi” dos melhores best seller ou dos bons filmes que passam nas telas de cinema ou televisões.
Até ao fecho desta edição, o DN tinham informações de que, os sequestradores que possuíam os números de telemóveis de familiares dos raptados já tinham entrado em contacto com os familiares das vítimas para negociações de resgate.
Aliás, os sequestradores exigem para resgate dos dois empresários, um elevado montante de um milhão de dólares americanos.
A verdade, de acordo com as nossas fontes, os empresários de origem indiana ou paquistanesa residente no País, estão em pânico e muitos já arrumaram as malas para abandonar o País.
Por sua vez, a Comunidade Mahometana encontra-se, desesperada com esta onda de crime que vai ganhando proporções alarmantes.
Aliás, os empresários moçambicanos de origem asiático pedem a Polícia para despertar e travar as torpes acções das redes criminosas.
A Comunidade Mahometana e não só critica a passividade das autoridades policiais que nada ou quase nada fazem para travar esta onda criminal que dilapida os “cofres” ou bolsos das vítimas e, particularmente, o estado moral e psicológico das vítimas e familiares.
As fontes do Diário de Notícias acham que a justificação policial de que as vítimas nunca denunciam os actos criminais, não é suficiente para uma polícia ou estado que se preze e que propala de Moçambique ser um País seguro, que protege os seus cidadãos e que vive num clima de Paz.
Aliás, a quem questione onde está a segurança de estado quando empresários e cidadãos são raptados e nada se faz, não só para resgatar as vítimas, mas, quando não se consegue desbaratar as redes criminosas que vão fazendo deste tipo de acções os “modus operadi e de vivência.
Não será que, paulatinamente o País vai caminhando para o abismo e para um estado falhado?
Números na posse do Diário de Notícias que já lá vão mais de quinze casos de sequestros registados e a Polícia quase nada fez, justificando a sua passividade na procura de denúncias das vítimas.
(P. Machava)
DIÁRIO DE NOTÍCIAS – 31.01.2012