Agora candidato a presidente do Município de Inhambane
O professor de Matemática e Desenho até então na Escola Emília Dausse em Inhambane-céu, foi transferido para uma escola que não existe no distrito mais longínquo da província de Inhambane. Recorreu da decisão, a Procuradoria Provincial deu-lhe razão e mandou repor a legalidade, mas o governo continua sem acatar e nada ainda aconteceu. Os seus vencimentos continuam por lhe serem pagos.
Fernando Amélia Nhaca, vem lutando desde 2009 para ver os seus direitos respeitados pelo Estado, mas apesar de ter provado ter razão e de o terem envolvido numa trapaça, apesar da própria procuradoria da República a nível provincial lhe ter dado razão, continua desde 2009 sem que lhe paguem os vencimentos.
Era professor de Matemática e Desenho, na Escola Secundária Emília Daússe, na cidade de Inhambane, e decidiu aderir, nesse ano, ao partido liderado por Daviz Simango. O seu “atrevimento”, foi considerado uma violação grave a um verdadeiro tabu segundo o qual só podem ser funcionários públicos os cidadãos que se são membros do Partido Frelimo. Como castigo por ter aderido ao MDM foi transferido. Agora ele mesmo é o candidato do MDM à presidência do Município de Inhambane.
O director da escola Emília Daússe e o director provincial da Educação e Cultura, Pedro João Baptista, não demoraram a reagir ao facto de Fernando Nhaca ter aderido ao MDM. Como se o Estado fosse propriedade dos dois funcionários, castigaram de imediato o professor que estava apenas a proceder de acordo com os direitos que assistem qualquer cidadão nos termos da Constituição da República.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/21253-a-saga-do-professor-nhaca-por-ter-aderido-ao-mdm.html