Construída recentemente de raiz e inaugurada a 28 de Abril do ano passado, a Procuradoria do Distrito Municipal de KaMavota, arredores da cidade do Maputo, funciona num verdadeiro matagal.
A julgar pela altura da relva, prostituída pela chuva e pelo calor do sol, sem nenhum tratamento, a representação da Procuradoria-Geral da República (PGR) naquele distrito da capital pode até estar a hospedar serpentes e outros bichos, o que é inaceitável.
Desconhecem-se as razões que concorrem para a actual imagem do recinto daquela instituição, a todos os níveis deplorável, mas é clara a necessidade de tomada de medidas urgentes para a sua inversão, pois belisca a seriedade, dignidade e prestígio, não só da PGR, como do Estado que a mesma representa naquela área da cidade.
Por aquilo que se oferece observar, o jardim que circunda todo o edifício nunca foi mexido desde a inauguração da infra-estrutura. Com a água das chuvas, pois certamente não é regada, a relva cresceu e agora “galga” as escadas e as passadeiras, ameaçando “invadir” o interior do estabelecimento, ante o olhar dos funcionários e o espanto do público utente e transeuntes.
A inauguração daquela representação da PGR no distrito de KaMavota foi um momento de festa e nessa ocasião não faltaram, certamente, os apelos e/ou as promessas no sentido da conservação do edifício e do lugar onde se encontra para valorizar e emprestar outro ar à zona.
Não se percebe como é que a instituição do gabarito de uma Procuradoria distrital funciona naquelas condições e qual tem sido o estado de espírito dos agentes que diariamente se fazem ao local para o exercício das suas funções.
Contudo, independentemente das respostas que forem dadas, vale a pena reafirmar que as condições nas quais se encontra o edifício em nada contribuem para a boa imagem que se pretende de uma instituição daquele nível.
A infra-estrutura, ainda nova, foi inaugurada pela governadora da cidade do Maputo, Lucília Hama, de quem esperamos uma mão para que a situação seja corrigida, pois ela pessoalmente não era capaz de ficar indiferente se um dia voltasse a ver aquele cenário todo.