O governo moçambicano concedeu 2,5 milhões de hectares, ou 7 por cento de toda a terra arável do país, a investidores no período entre 2004 e 2009, indicou hoje um estudo publicado pelo Oakland Institute.
Mais de um milhão de hectares foram concedidos a investidores estrangeiros, a maioria para projetos de florestas, e os restantes para agro-combustíveis e produção de açúcar.
De acordo com o mesmo estudo, já depois do período em análise, e após dois anos de congelamento de concessões, foram autorizados novos projetos, entre os quais o da portuguesa Portucel que, com 182,886 mil hectares na província de Manica, a que se juntam 173,324 concedidos em 2009 na Zambézia, "é um dos maiores detentores de terras do país".
Além da Portucel, desde 2011 foram concedidos terras a empresas oriundas da África do Sul, Maurícias, Noruega e de outros países, bem como a investidores moçambicanos.
Já este mês, o governo concedeu 30 mil hectares na província de Nampula (norte) a empresários vietnamitas, em mais em mais um investimento deste país asiático que já detém o terceiro operador de telemóveis em Moçambique.
LAS.
Lusa – 21.02.2012