Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Num ambiente de concorrência que por vezes se torna feroz, hoje existe algo relativamente estranho no subsistema de ensino superior nacional. Por um lado ainda se vive o ambiente permissivo quanto à expansão e licenciamento do ensino superior e respectivas instituições, mas também se verifica o surgimento de iniciativas restritivas mesmo que seja a coberto de legalismos.
O Governo de Moçambique está ciente mais do que ninguém de que há falta, carência e insuficiência de infra-estruturas para os diversos subsistemas de ensino. Tanto o sector público como o privado não possuem os edifícios e equipamentos necessários ou de acordo com os padrões internacionais.
Se fosse a rigidez ou inflexibilidade a reinar muitas escolas públicas que não oferecem nem possuem condições mínimas para se denominarem de escolas, estariam encerradas pura e simplesmente.
Pode-se compreender que se estabeleçam restrições quanto ao uso das infra-estruturas públicas como escolas secundárias, primárias e outras. Quem possui escolas privadas dos diversos níveis deve investir na construção de edifícios próprios e não depender do aluguer de espaços para prestar seus serviços.