Segundo fonte ligada ao governo de Nampula
A s autoridades governamentais de Nampula vão intensificar ,a partir desta semana ,uma série de encontros com a direcção da Renamo, visando o restabelecimento de um ambiente de harmonia social na capital provincial, informou ao Wamphula fax fonte oficial O diálogo com a maior força politica da oposição tem, igualmente, em vista pôr termo as alegadas ameaças à Paz promovidas pelos ex-guerrilheiros daquele ex-movimento armado à volta de uma suposta manifestação pacífica, que, entretanto, poderia culminar com o derrame de sangue.
Em Nampula, o cenário de tentativa de perturbação da ordem e tranquilidade públicas atingiu o cúmulo na última sextafeira, com uma marcha dos desmobilizados da “ perdiz” que impediam o patrulhamento policial na chamada Rua dos Sem dos Medo, onde se localiza o seu “quartel general” e em todo posto administrativo urbano de Muatala.
Militares da Renamo e agentes da Policia da Republica de Moçambique, devidamente armados, provocaram uma grande agitação na população, paralisando temporariamente o trânsito rodoviário. Inclusive as actividades em algumas escolas e mercados ficaram parcialmente interrompidas para se prevenir de eventuais incidentes.
Entretanto, por se tratar se uma questão considerada complexa, a conferência de imprensa, inicialmente agendada para o período da tarde da mesma sexta-feira e na manhã do dia seguinte numa das salas do Comando provincial da corporação, acabaria por ser adiada para uma data a anunciar, por ordens superiores, alegadamente para não comprometer o curso das negociações.
Inácio Dina, porta-voz da PRM, escusou-se a avançar as causas concretas do adiamento, mas confirmou que a decisão foi tomada depois de numa audiência concedida pelo governador da província à direcção do comando provincial da polícia.
Refira-se que no passado dia 8 de Dezembro, o Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, e na qualidade da Frelimo e Comandante- em chefe das Forças de Defesa e Segurança, reuniu à porta fechada, com o líder da Renamo para discutir algumas questões constantes do Acordo Geral de Paz, assinado em 4 de Outubro de 1992, na cidade italiana de Roma.
À saída do encontro, Afonso Dlhakama afirmara que se sentia satisfeito com o nível de abertura do Chefe de Estado, mas escusou-se a revelar pormenores dos pontos abordados e o desfecho final deste primeiro encontro com o Presidente Guebuza. Aliás, o próprio governador da província também se referiu da disponibilidade do seu executivo de prestar qualquer apoio aos antigos guerrilheiros da Renamo que, actualmente, se encontram totalmente à deriva.
WAMPHULA FAX – 27.02.2012