EM tempo de paz, a Força Aérea de Moçambique está a desenvolver a prática da logística de produção, visando reforçar a dieta alimentar nos quartéis bem como aumentar o sustento dos familiares dos militares.
Trata-se de uma prática levada a cabo em todos os ramos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), nomeadamente Marinha de Guerra, Infantaria e Força Aérea.
Com efeito, a Força Aérea de Moçambique procedeu recentemente ao plantio de 160 moringueiras, numa porção de dois hectares no quartel de Mahlazine, na cidade do Maputo.
Este acto foi dirigido pelo Comandante do Ramo, Major-General Luís Dique, que se fazia acompanhar de outros oficiais superiores ligados à Força Aérea.
Na ocasião, Luís Dique orientou o seu colectivo a fazer da logística de produção uma actividade diária em todas as unidades militares, com vista a melhorar a dieta alimentar e aumentar o rendimento das suas famílias.
De acordo com o responsável pela logística de produção na Força Aérea, Tenente-Coronel Ismael Salgado, a escolha do plantio da moringa deve-se ao seu elevado valor económico e nutritivo, pois possui cálcio, fósforo, ferro e vitamina C, para além de 27 porcento de proteínas. É também altamente medicinal, pois as suas folhas e sementes são ricas em propriedades antibacterianas.
A fonte revelou ainda que a prática desta actividade surge em obediência às orientações do Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Armando Guebuza, que destaca “um soldado uma árvore”. Esta é também uma forma de combater a erosão no país e com a prática pretende-se dotar os militares de ferramentas básicas para a valorização do meio ambiente.
Neste contexto, já se encontram no terreno insumos agrícolas para o fomento do plantio da moringa em todas as unidades militares do ramo.
A moringa é uma árvore da família moringaceae, conhecida cientificamente como “moringa oleira”, oriunda do norte da Índia e introduzida no Brasil por volta dos anos 50. É cultivada na África, Ásia, América Latina e em quase todas as regiões de clima tropical, mesmo em solos pobres, pois não necessita de muitos cuidados e sobrevive a longos períodos de seca.
Num outro desenvolvimento, a fonte referiu que, para além da cultura desta planta, está previsto o plantio de 15 mil mudas de eucaliptos e dez mil de casuarinas, mangueiras, papaeiras e cajueiros.
Ainda a breve trecho o ramo das FADM se dedicará à piscicultura na Base Aérea de Mavalane.