O GOVERNO moçambicano está empenhado na identificação de um parceiro que possa apoiar o reforço da sua participação no consórcio que está a pesquisar e explorar gás natural na Área 1 da Bacia do Rovuma. Em declarações a jornalistas nacionais ontem, em Tóquio, Japão, a Ministra dos Recursos Minerais, Esperança Bias, afirmou que o Executivo necessita de cerca de 2 biliões de dólares norte-americanos para participar no referido consórcio.
“Moçambique precisa desse valor para fazer parte do consórcio que está a trabalhar na Área 1 do Bloco do Rovuma. O Japão prontificou-se a apoiar-nos na busca desse financiamento. Sendo assim, o Japão poderá financiar uma parte da participação moçambicana no projecto de gás natural na Área 1 no Rovuma”, disse a ministra.
Os actuais concessionários da ‘Área 1’ da bacia sedimentar do Rovuma são a Anadarko Moçambique, com 43 porcento de participações, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 15, a Mitsui, com 23,5 porcento, a BPRL Ventures Mozambique, 11,75, a Videocon Mozambique Rovuma 1 Limited, com 11,75, a Cove Energy, com 10.Importantes descobertas de gás natural têm sido divulgadas nos últimos tempos na Bacia do Rovuma.
A Companhia Anadarko Moçambique confirmou em Outubro último a descoberta de gás no furo “Lagosta” em formações arenosas com uma espessura de 167.6 metros.
Outras importantes descobertas foram feitas nos furos “Barquentine” e “Windjammer”.
Moçambique tornou-se num país apetecível ao investimento estrangeiro direccionado à pesquisa e prospecção de petróleo, devido às suas potencialidades na área de hidrocarbonetos. Actualmente várias multinacionais petrolíferas estão envolvidas em actividades de pesquisa e prospecção de hidrocarbonetos.
As actividades são mais intensas ao longo da Bacia do Rovuma, onde operam as companhias Petronas (malaia), Artumas (canadiana), ENI (italiana), Anadarko (norte-americana) e Norsh Hydro (norueguesa).
- Paulo da Conceição, em Tóquio