O SECRETARIADO Técnico da Administração Eleitoral (STAE), na província de Inhambane, denuncia a presença de jovens sem documentos e com défice de informação sobre o seu local de residência nos postos de actualização do recenseamento eleitoral, o que pode configurar “ilícito eleitoral”
Esta informação, segundo explicou a directora do STAE, Rosa Macaúze, foi reportada pelos brigadistas que, em devido momento, recomendaram os jovens para reunirem a documentação pertinente, condição sem a qual não poderiam efectuar o registo.
“Temos informação segundo a qual alguns eleitores que se dirigiram aos postos de recenseamento no primeiro dia, sem documentos, não se faziam acompanhar de testemunhas, nem dispunham de informação correcta sobre o respectivo local de residência, nem de trabalho”, denunciou Rosa Macaúze, para quem esta situação dificulta sobremaneira a inscrição desses eleitores.
Dados em nosso poder indicam que tal aconteceu nos postos de recenseamento que funcionam na Escola Secundária de Muelé, Escola Industrial e Comercial Eduardo Mondlane e em Chamane.
A directora de STAE alerta que este tipo de casos não tem cobertura da lei, daí a necessidade de todos os que se dirigem aos postos de recenseamento, quer para novos registos, transferência quer por perda da identificação, tenham testemunhas com informações que possam provar se o cidadão é ou não residente da área municipal.
“Os brigadistas trabalham em estrita observância às normas; é obvio que nesta situação não lhes é permitido inscrever um eleitor que não sabe dizer em que bairro vive ou que não é reconhecido pelo respectivo secretário do bairro”, disse Rosa Macaúze, apelando a todos residentes da cidade de Inhambane para se dirigirem com urbanidade e serenidade aos postos de recenseamento.
O processo de actualização do recenseamento eleitoral, que decorre desde último sábado, para as eleições intercalares da cidade de Inhambane, é, no entanto, descrito pelo STAE como positivo, pois o nível de afluência dos eleitores é satisfatório.
Nos três primeiros dias do processo, foram inscritos cerca de 550 eleitores, sendo uma média de 30 a 40 eleitores por brigada.
Para este processo, foram montados 24 postos de recenseamento onde funcionam 16 brigadas incluindo oito móveis. Estão envolvidos no processo 48 brigadistas.
A directora do STAE considera importante esta tendência crescente de afluência dos eleitores nestes primeiros dias, porque vai evitar que as pessoas se preocupem pelo processo no último dia.