Editorial
Ao impor descontos aos funcionários públicos para o seu X Congresso
O caso das “doações” compulsivas, ou descontos coercivos a que estão a ser forçados os funcionários públicos para contribuírem para as despesas do X Congresso do Partido Frelimo, marcado para Outubro do corrente ano em Pemba, definitivamente veio, mais uma vez, destapar o véu e mostrar que o partido Frelimo tornou-se uma associação para delinquir e de gente abusadora que se mantém impune apesar de termos um Estado estruturado e com instituições para impedirem a canibalização do País e a extorsão dos cidadãos.
O que o Partido Frelimo está a impor através do Estado, é crime. É roubo. Chamemos os bois pelos seus nomes.
Sendo uma entidade de direito privado registada como qualquer outra associação, ao usar e abusar do Estado, confundindo os seus programas privados com o próprio Estado, sem que a Procuradoria da República tome as convenientes e pertinentes medidas para pôr termo ao abuso em curso, mostra-se bem que aos cidadãos não resta Estado para recorrerem pois as acções dos delinquentes partem, comprovadamente, de dentro do próprio Estado.