Canal de Opinião por Martin Wolf
A China inicia uma transição difícil para um padrão de crescimento novo e mais lento. Eis a conclusão a que cheguei no final da edição deste ano do Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim.
Tudo aponta para que seja também uma transição política e uma transição económica, cuja interação será particularmente complexa. O sucesso económico da história recente da China, sob a batuta do partido comunista, não garante igual êxito no futuro.
O leitor não tem de acreditar em mim, mas deve confiar nas palavras que o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, proferiu a 14 de Março: “A reforma na China chegou a um ponto crítico. Se a reforma política estrutural não for bem-sucedida, nunca poderemos instituir uma reforma económica estrutural. Os ganhos que obtivemos com a reforma e o desenvolvimento correm o risco de perder-se. Os novos problemas que surgiram na sociedade chinesa não serão solucionados e poderá repetir-se uma tragédia histórica como a Revolução Cultural”.
Estas questões políticas são extremamente importantes, mas a transição económica será, por si só, suficientemente difícil. A China está a chegar ao fim daquilo que os economistas designam por “crescimento extensivo”, estimulado pelo forte aumento dos fatores capital e trabalho. É tempo de avançar para o “crescimento intensivo”, que se caracteriza pelo desenvolvimento de competências e de tecnologias.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/22022-como-afastar-as-nuvens-de-tormenta-que-vem-da-china.html