OS cabecilhas da greve de estudantes na Argélia já perderam as suas bolsas e serão obrigados a regressar ao país imediatamente, segundo revelou o Ministro da Educação, Zeferino Martins.
Mesmo sem indicar o número de líderes dos bolseiros grevistas que perderam bolsas e a data do seu regresso ao país, Zeferino Martins apontou que os mesmos perderam todos direitos pela má conduta, daí que devem abandonar aquele país da África do Norte.
Do mesmo modo, segundo ele, caso os estudantes bolseiros, que hoje completam seis dias de greve, não desocupem voluntariamente a Embaixada moçambicana naquele país serão coagidos a regressar às universidades, pois a sua permanência no local está a causar enormes prejuízos ao país.
O ministro disse que para além de forçar o encerramento da Embaixada e com prejuízos elevados esta atitude está a comprometer o bom funcionamento das restantes instituições vizinhas e a perturbar a convivência em residências, visto que os bolseiros entoam cânticos em voz alta e tocam batuques.
“Definitivamente, devo dizer que não haverá aumento da bolsa, porque isso acarreta custos e o país não está em condições de suportar essa despesa. Os estudantes devem abandonar o local e regressar às faculdades. Caso isso não aconteça serão forçados a deixar o lugar” – disse Martins.
O MINED já tinha alertado esta semana que caso os bolseiros em greve desde a última segunda-feira e amotinados na Embaixada moçambicana não acatassem os apelos das autoridades no sentido de abandonarem aquela representação diplomática nos próximos dias seriam sancionados e alguns mesmo recambiados.
O pelouro chegou, inclusive, a se reunir com os pais e encarregados de educação no sentido de lhes pedir ajuda para sensibilizarem os seus educandos a abandonar o local. Pelo seu poder e influência, o pelouro acredita que os pais podem convencer os grevistas a voltar às aulas, propósito pelo qual ganharam as bolsas e estão na Argélia.
Os bolseiros fincam-pé e dizem que não vão sair enquanto as suas exigências não forem satisfeitas. Segundo eles, a bolsa que o MINED diz ter pago quatro meses adiantado não chegou completa, ou seja, sofreram cortes sem nenhuma justificação plausível para o efeito.