O GOVERNO e representantes de antigos agentes da Casa Militar, do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), entre outros serviços de inteligência do Estado, acordaram ontem, em Maputo, num calendário para o acompanhamento do processo de reintegração dos integrantes deste grupo em instituições do Estado, segundo revelou ao “Notícias”, Lourenço Tchapo, assessor de Imprensa do Ministério dos Combatentes.
O entendimento resultou de um encontro entre a Comissão Interministerial que lida com o assunto e aqueles antigos agentes, no decurso do qual as partes prometeram colaborar para que o processo decorra a contento e com base no diálogo.
“A conclusão a que chegamos foi a de que o grupo de antigos agentes da Casa Militar e de outros serviços de segurança do Estado, tinham a ideia de que o Governo estava a ser apático no tratamento do processo para a sua reintegração. Porém, eles acabaram entendendo que trata-se de processos burocráticos que devem seguir todos os seus trâmites legais e que muitas vezes não podem ser tratados com a celeridade com que eles pretendiam. Há etapas que devem ser seguidas até à assinatura de contratos com os sectores onde possivelmente eles serão reintegrados e esse processo nunca parou”, explicou a fonte.
Na passada quarta-feira, perto de cem elementos do grupo amotinaram-se defronte do Gabinete do Primeiro-Ministro, para expressar o seu descontentamento por, alegadamente, se sentirem abandonados pelo Estado.