Cerca de 100 milhões de dólares norte-americanos serão mobilizados até ao final do presente ano, com vista a dar corpo a um programa visando o melhoramento dos níveis de produção e produtividade agrícola nas províncias de Manica, Sofala e Tete.
Denominado Iniciativa do Corredor de Crescimento Agrícola da Beira, o projecto tem como meta principal levar a que a maioria dos pequenos produtores de cereais com um rendimento médio de apenas uma tonelada por hectare possa passar a produzir cerca de quatro a cinco toneladas por hectare.
Dados avançados semana finda ao nosso jornal, apontam que até ao momento, foram identificados 14 projectos que abrangem cerca de duas mil pessoas, sobretudo pequenos agricultores que se dedicam à produção do arroz, feijão, soja, milho, mandioca, entre outras culturas.
Emerson Zhou, director da Iniciativa do Corredor de Crescimento Agrícola da Beira, programa lançado há um ano e meio, garantiu que os 100 milhões de dólares a serem mobilizados este ano serão aplicados na construção de infra-estruturas e outras actividades de financiamento aos pequenos agricultores das zonas abrangidas pelo programa.
Apontou que para além de privados, a iniciativa tem como principal parceiro o Estado através do Ministério da Agricultura, cujo papel principal é apoiar na identificação das áreas, mobilização das comunidades para a sua participação e na criação de condições para o escoamento dos produtos, através da construção de infra-estruturas necessárias para o efeito.
Por seu turno, o sector privado envolve-se directamente na busca de financiamentos, construção de algumas infra-estruturas para irrigação e na assistência técnica aos produtores.
Actualmente está, segundo Emerson Zhou, a decorrer numa fase bastante adiantada, o processo de registo de uma empresa de investimentos que se acredita poder ajudar no alcance das metas programadas para o corredor da Beira.
Para além do Governo, a iniciativa conta ainda, no contexto do Pro-parcerias, do apoio do Reino do Países Baixos, do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrário (FIDA) e da Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO).
Acredita-se que com a rápida expansão de investimento nos sectores mineiro e do petróleo e gás, o incentivo ao desenvolvimento da agricultura comercial viável ao nível das comunidades através da sincronização das iniciativas Pro-parcerias possa se contribuir para a promoção de um crescimento sectorial equilibrado e reduzir a pobreza.
