Cidadãos de nacionalidade chinesa que trabalham numa empresa madeireira na zona de Cerâmica, arredores da cidade da Beira, são acusados de prática de estupro no bairro.
A denúncia foi feita esta semana no decurso da décima sexta sessão da Assembleia Municipal da Beira, pelo chefe da bancada do GDB – Grupo para Democracia da Beira, Baptista Raposo. Esta é a primeira vez que cidadãos de nacionalidade chinesa são publicamente denunciados de envolvimento em páticas dessa natureza, pelo menos ao nível da cidade da Beira.
Das vezes anteriores apenas tem sido acusados de mau relacionamento com colegas trabalhadores moçambicanos, que inclui ofensas corporais e morais.
O chefe da bancada do GDB na Assembleia Municipal da Beira disse que obteve essa informação a quando da sua visita ao referido bairro, no quadro do cumprimento da sua missão parlamentar que inclui a auscultação de populares.
“Entre os problemas que mais preocupam os residentes da Cerâmica, foi-nos apresentada esta questão que denuncia o envolvimento de cidadãos de nacionalidade chinesa em práticas de estupro, tanto de noite como de dia” – afirmou Baptista Raposo.
Raposo descreveu o cenário como sendo preocupante e lamentou a passividade das autoridades competentes para estancar este mal social que
tende a generalizar-se, afectando a moral Vtem sido forçadas a troco de algum dinheiro e nalguns casos de desperdício de madeira.
Alguns residentes na cidade da Beira já reagiram face ao comportamento selvático que os cidadãos chineses tendem a fomentar na urbe, afirmando que torna-se incompreensível que tal situação esteja a ocorrer sem a devida resposta das autoridades nacionais.
“Esses cidadãos no seu país tem leis muito rígidas, fogem de lá para vir desenvolver práticas imorais em Moçambique porque acham que cá as leis não são aplicadas” – referiu Miguel Neto, estudante universitário na cidade da Beira.
Na República Popular da China, refira-se, quem comete estupro arrisca-se a sansões pesadas que podem chegar a pena de prisão perpétua o até de morte.
Essas penas também chegam a ser aplicadas para consumidores de drogas pesadas e praticantes de homossexualismo.
Neto afirmou que o comportamento desses cidadãos expatriados não dignifica a imagem da China real, enfatizando que está a trazer a ribalta a concepção que muitos moçambicanos tem de que os chineses que são enviados ao nosso país são de conduta desviante, criminosos.
Miguel Neto sugeriu um diálogo franco e aberto entre os representantes diplomáticos dos dois países, no sentido de perceberem primeiro o fenómeno e depois traçar regras claras.
(Francisco Esteves)
O AUTARCA – 27.04.2012