A falta da concessão definitiva do Direito de Uso e Aproveitamento de Terra (DUATS) à empresa “ Tectona Forests of Zambézia, lda” está a desmotivar os investidores deste projecto de reflorestamento que já despendeu, desde 2006, aproximadamente 19 milhões de dólares norte-americanos.
Esta empresa, de capitais maioritariamente suecos, está a desenvolver, em distritos tais como Milange, Namarroi e Gurue, uma espécie exótica de alto valor comercial chamada “Teca”.
O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, visitou Domingo último, no Posto Administrativo de Regone, no distrito de Namarroi, uma das várias áreas até aqui exploradas por esta empresa.
Guebuza está a trabalhar na Zambézia desde a passada Sexta-feira, acto que se prolongará até a próxima Quarta-feira quando escalar o distrito de Morrumbala, antes de rumar para a província de Manica.
De acordo com Ossufo Jeque, Engenheiro Técnico e Coordenador deste Projecto, um metro cúbico de madeira da espécie Teca custa, actualmente, no mercado mundial entre 400 e 800 dólares americanos.
Actualmente, este projecto parou com novas acções de reflorestamento devido a falta de DUATs, não obstante tenha sido aprovado pelo Conselho de Ministros.
O projecto já chegou a empregar um máximo de 1.435 trabalhadores, em 2011, número que caiu para 72, no presente ano de 2012. Esta situação foi provocada pelo facto de os investidores duvidarem do futuro do projecto já que os respectivos DUATs ainda não são uma realidade.
A “Tectona Forests of Zambézia, lda” requereu para uso e aproveitamento 19.540 hectares, tendo já plantado apenas 3.149 hectares.
Ossufo Jeque disse serem pontos fortes deste projecto o facto desta espécie ser de alto valor comercial e os respectivos investidores gozarem de estabilidade financeira, para além de que há oportunidades de o país ganhar divisas pela exportação desta madeira e criar emprego pela instalação de industrias de serração.
Contudo, segundo a fonte, há fortes ameaças ao projecto devido “a desmotivação dos investidores pela falta de dos DUATs finais e falta de políticas para a atribuição de áreas em bloco”.
Os potenciais mercados até aqui identificados são o Brasil e a Tailândia.
MZ/DT
AIM – 23.04.2012