No hospital da Ilha de Moçambique
Desconhecidos, ainda a monte, arrombaram, há dias, os armazéns do Hospital da Ilha de Moçambique, apoderando-se de diversos bens, nomeadamente quantidades consideráveis de produtos alimentares, higiénicos, combustíveis, entre outros.
A informação foi-nos facultada pela respectiva directora, Lúcia Manuel, que referiu ser frequente, ultimamente, o registo de assaltos aos armazéns daquela unidade sanitária, que coincidem com a altura de novos abastecimentos de alimentos e outros tipos de produtos de âmbito hospitalar, situação que aventa a possibilidade da existência de uma “mãointerna”, que facilita esta prática de vandalismo.
A ocorrência deixa-nos, naturalmente, deveras preocupados, porque debilita irremediavelmente as nossas já de si escassas provisões. Sobretudo em relação à assistência alimentar aos internados nesta que foi a maior e a primeira unidade sanitária de Moçambique e que continua a registar muita procura. Disse a nossa entrevistada, visivelmente agastada com o cenário.
Revelou que o roubo anterior verificou-se na semana transacta e envolveu cerca de 60 litros de combustível reservado para o abastecimento da única ambulância daquela unidade sanitária.
Lúcia Manuel admite que, para além de alguma negligência que poderá ser imputada ao respectivo economato, também o actual estado de extrema degradação das infra-estruturas do hospital da Ilha deve concorrer para a reiterada ocorrência dos referidos assaltos e até mesmo para inadequada conservação dos medicamentos. E deu a conhecer que decorrem contactos com o governo provincial e parceiros no sentido de se encontrarem medidas de prevenção contra o vandalismo, bem como para obtenção de um local adequado para a conservação dos bens daquela unidade sanitária.
WAMPHULA AX – 16.04.2012
