Os chefes de Estado da África Ocidental, reunidos em Abidjan, decidiram enviar 500 a 600 militares para a Guiné-Bissau e três mil para o Mali, para “estabilizar” a transição nestes países desestabilizados por crises politico-militares, noticia a AFP, citada pela Agência Lusa.
Os dirigentes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiram que o contingente a enviar para a Guiné-Bissau vai ter por missão “facilitar a retirada da Missão de Assistência Técnica e Militar de Angola na Guiné-Bissau, dar assistência à estabilização do processo de transição” após o golpe de Estado de 12 de abril e preparar a reforma do setor da defesa e segurança, indica o comunicado final da cimeira.
Os 500 a 600 homens do contingente serão fornecidos por pelo menos quatro países, a Nigéria, o Togo, a Costa do Marfim e o Senegal.
Além do envio do contingente militar, os dirigentes da CEDEAO decidiram também dar um ultimato de 72 horas aos golpistas militares guineenses para se submeterem às exigências feitas, sob pena de sanções, noticia a AFP.
Ao abrir a cimeira extraordinária da CEDEAO, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, exigiu que os responsáveis pelo golpe de Estado, realizado no dia 12 de abril, se “retirem” para que se possa avançar “rapidamente” com a transição.
Os dirigentes da CEDEAO garantiram que se o Comando Militar (a junta) não se submeter às exigências “nas próximas 72 horas”, a Comunidade “imporá com efeito imediato sanções dirigidas aos membros do comando Militar e seus colaboradores, bem como sanções diplomáticas, económicas e financeiras à Guiné-Bissau, sem excluir processos no TPI” (Tribunal Penal Internacional).
@Lusa – 27.04.2012
NOTA:
Esta não entendo: A Junta Militar matou alguém para estar sujeita ao TPI?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE