A PROVÍNCIA de Nampula está a evidenciar-se nos esforços para o controlo dos seus recursos florestais, e como fruto dessa acção, o abate clandestino de madeira de espécie preciosa e de primeira classe reduziu consideravelmente.
Entretanto, o nível de receitas cobradas referentes ao licenciamento dos operadores florestais naquela região para o exercício da actividade no ano passado situou-se em cerca dde 14 milhões de meticais.
Este facto foi revelado recentemente pelo chefe dos serviços provinciais de Florestas e Fauna Bravia, na direcçãao da Agricultura, em Nampula, Imede Falume, que exaltou entretanto, o crescimento exponencial do volume de receitas cobradas pelo licenciamento dos operadores florestais no ano passado, o qual representa quase o dobro do valor colectado quando comparado com o exercício de 2010 e do plano para o ano transacto.
“Desenvolvemos várias estratégias desde o ano passado, a esta parte, no sentido de mitigar a exploração e comercialização ilegal de produtos florestais em particular a madeira que é a mais apetecível pelos furtivos, onde devemos salientar o reforço dos mecanismos de fiscalização, através da alocação de três novas viaturas, totalizando sete, neste momento, além de motos de grande capacidade para acções de persseguição e monitoria do que está a acontecer na floresta”- disse Imede Falume.
O desencorajamento do exercício ilegal de exploração da madeira está a surtir efeitos positivos, sendo um dos reflexos a redução das infracções puníveis segundo a legislação em vigor.
Ao longo do ano passado, o sector de Florestas e Fauna Bravia em Nampula contabilizou, segundo estatísticas, 4.500 milhões de meticais relativos a multas emitidas aos operadores florestais, montante que representa cerca da metade do que foi cobrado em 2010.
Imede Falume interpreta este fenómeno como sendo o elevar da consciência por parte dos operadores florestais sobre a necessidade de cumprir a legislação atinente à exploraçãoo dos recursos, sobretudo a madeira. Acrescentou que no âmbito do controlo da exploração dos recursos florestais, constatou-se que o nível de cobrança de multas emitido pelo seu sector registou um recorde comparativamente aos anos anteriores, situando-se em 80 por cento, em 2011.
Entretanto, o sector da Fauna Bravia em Nampula, através da agricultura, disponibilizou um montante estimado em 900 mil meticais às comunidades que exercem o controlo dos recursos florestais e faunísticos em todos os distritos, exceptuando a Ilha de Mocambique.
O montante corresponde a vinte por cento do total arrecadado pela província no ano de 2010 nas rubricas de licenciamento de operadores florestais, segundo preconiza a legislação em vigor, sobre a matéria, como forma de estimular o envolvimento das comunidades na conservação dos recursos naturais.