Depois da tortura da população pela FIR
Assessor do Governo provincial diz que a acusação é falsa
O Governo provincial de Tete é acusado de proibir a visita de Organizações Não Governamentais (ONGs) nacionais e estrangeirais, bem como dos órgãos de comunicação social ao centro de reassentamento de Cateme, local onde estão realojadas as cercas de 1300 famílias retiradas da zona de exploração do carvão mineral da companhia brasileira “Vale Moçambique”.
Esta acusação foi feita durante um debate sobre “Exploração de Recursos Naturais, uma oportunidade para os países em via de desenvolvimento: como assegurar o equilíbrio entre a exploração de recursos e a protecção do meio ambiente” que teve lugar na última sexta-feira, em Maputo, organizado pelo Centro Cooperativo Sueco em articulação com a Plataforma da Sociedade Civil para Recursos Naturais e Indústria Extractiva.
Segundo o activista da Justiça Ambiental, Jeremias Vunjane, pode-se considerar como uma violação contra os direitos humanos o que está a acontecer desde os protestos empreendidos pelas cerca de 1300 famílias reassentadas em Cateme, que teve lugar nos finais do ano passado, contra a alegada má qualidade das casas construídas pela Vale Moçambique para o seu realojamento. As famílias reassentadas em Cateme protestarem ainda contra a falta de condições e infra-estruturas básicas tais como escolas, hospitais, redes de abastecimento de água e de abastecimento de energia eléctrica.