O CONSELHO Municipal de Maputo disse ontem não existirem razões para qualquer tipo de manifestação, apelando deste modo aos cidadãos para se manterem calmos, tranquilos e realizarem normalmente as suas actividades.
O apelo segue-se a uma mensagem de telemóvel posta a circular ontem, convocando uma manifestação, alegadamente em protesto ao alto custo de transporte, preço de produtos alimentares e à remoção de barracas nalgumas artérias da capital.
Falando em nome do Município de Maputo, o vereador de Transportes e Trânsito, João Matlombe, disse não se justificar a realização de manifestações porque nos últimos tempos a cidade está a registar uma situação de estabilidade em quase todos os sectores.
Matlombe, que falava em conferência de imprensa convocada para reagir á essa mensagem, afirmou que a estabilidade se reflecte na redução de preços dos produtos alimentares básicos, na resolução pacífica dos diferendos com os munícipes e na busca conjunta de soluções para o problema de transporte que afecta os cidadãos.
A justificar a estabilização dos preços, o vereador de Mercados e Feiras, António Tovela, referiu que em Maio se registou uma tranquilidade no Mercado Grossista do Zimpeto, principal abastecedor da capital, uma vez estar-se no momento de pico da produção nacional que está a fornecer produtos como batata, tomate e cebola.
Exemplo disso, segundo Tovela, é que o saco de batata que antes custava 300 meticais agora é comprado a 150 a 220 meticais. A cebola varia de 160 a 200 meticais contra os mais de 200 meticais anteriores. Mesma situação se verifica em relação ao tomate que baixou dos anteriores 500 meticais para 150 a 250 a caixa de 22 quilogramas.
Igualmente presente no briefing esteve o representante da Associação de Barracas de Cidade de Maputo, Cristiano Alfredo, que se distanciou da intenção de realização de manifestações em protesto contra a remoção de barracas porque a acção tinha sido feita de uma forma concertada.
“Removeram-se as barracas, mas tal só ocorreu em locais considerados proibidos tais como escolas, avenidas protocolares e hospitais, mas neste momento tudo está calmo porque os associados perceberam as razões desta acção”, disse Alfredo.
Esclareceu ainda que neste momento a remoção de barracas é antecedida de uma consulta à associação no sentido de esta interagir com o proprietário e explicar que o lugar onde a mesma estiver localizada é impróprio.
Alfredo disse ainda que a mensagem surpreendeu a todos os membros da associação que não pactuam com o seu conteúdo, daí se distanciarem de qualquer tentativa de perturbação da ordem e segurança pública.
Entretanto, João Matlombe reiterou que não há razões de alarme, afirmando ainda que o Município não recebeu qualquer solicitação para a realização de manifestação e qualquer acção nesse sentido será considerada tentativa de perturbação da ordem pública.
Acrescentou que para evitar estes actos está em curso um trabalho com as Forças de Defesa e Segurança para prevenir e controlar qualquer tentativa de perturbação da ordem e segurança na capital do país.