«O Congresso da FRELIMO:
Tendo examinado as necessidades actuais da luta contra o colonialismo português em Moçambique — declara ser sua firme decisão promover a organização eficiente da luta do povo moçambicano pela libertação nacional, e adopta as seguintes resoluções, a pôr imediatamente em prática pelo Comité Central da Frelimo:
- Desenvolver e consolidar a estrutura organizacional da FRELIMO;
- Promover maior unidade entre os Moçambicanos;
- Levar ao máximo a utilização das energias e capacidades de cada um e de todos os membros da FRELIMO;
- Promover e acelerar a formação de quadros
- Empregar directamente todos os esforços para promover o rápido acesso de Moçambique à independência;
- Promover por todos os métodos o desenvolvimento social e cultural da mulher moçambicana;
- Promover imediatamente a alfabetização do povo moçambicano, criando escolas onde quer que seja possível;
- Tomar as necessárias medidas com vista a satisfazer as necessidades dos órgãos dos diferentes níveis da FRELIMO;
- Estimular e apoiar a formação e consolidação de sindicatos e de organizações de estudantes, juventude e mulheres
- Cooperar com as organizações nacionalistas das outras colónias portuguesas
- Cooperar com organizações nacionalistas africanas
- Cooperar com os movimentos nacionalistas de todos os países
- Obter fundos das organizações que simpatizam com a causa do povo de Moçambique, lançando apelos públicos
- Diligenciar obter todos os requisitos para a autodefesa e resistência do povo moçambicano;
- Organizar propaganda permanente por todos os métodos a fim de mobilizar a opinião pública mundial a favor da causa do povo de Moçambique;
- Enviar delegações a todos os países a fim de empreender campanhas e manifestações públicas de protesto contra as atrocidades cometidas pela administração colonial portuguesa, assim como exercer pressões para imediata libertação de todos os nacionalistas que estão nas prisões colonialistas portuguesas;
- Procurar auxílio diplomático, moral e material para a causa do povo moçambicano, junto dos Estados africanos e de todas as pessoas amigas da paz e da liberdade.»
In “Lutar por Moçambique” de Eduardo Mondlane(pág. 131/132)
NOTA:
Onde é que isto encaixa nos Estatutos do actual partido Frelimo?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE