Editorial
Se havia dúvidas agora só as continuará a ter quem está mesmo do lado da mentira, contra o Estado de Direito e com alguma jogada escondida para nos dar o golpe e acabar com a democracia constitucional. Está agora claro que a Polícia é mesmo um organismo público que não obedece à Constituição e se presta a serviços a entidades de direito privado em prejuízo dos mais altos interesses do Estado.
A prova vem-nos da Zambézia. O comportamento anti-constitucional do Comandante-Geral da PRM e o que se viu a PRM ter em Inhambane nas últimas eleições intercalares autárquicas, confirma também que não temos uma Polícia ao serviço do Povo mas, sim, uma Polícia viciada em contrariar a Constituição e com práticas semelhantes às que levaram o País a uma sangrenta guerra civil. E temos também outros órgãos, quer eleitorais quer judiciais como o Conselho Constitucional concretamente que começa a resvalar para uma subserviência ao partido no poder que o desacredita e fere o prestígio que em tempos adquiriu com a sua postura isenta e credível. Mas sendo o CC um órgão cuja decisão não tem apelo, fica apenas o reparo para que sintam que a sua credibilidade começa a sofrer do reflexo da regra da proporcionalidade parlamentar, isto é, o prestígio dos tempos do venerando Rui Baltazar começa a ir por água abaixo…