O facto foi revelado ontem ao Presidente da República, durante a visita de trabalho que Armando Guebuza realizou ao local. A deslocação foi promovida pelo Ministério da Agricultura com o objectivo de o Chefe do Estado se inteirar do funcionamento do regadio.
Para o efeito, as autoridades nacionais estão a negociar a concessão de fundos junto do Governo chinês. O valor global ainda não foi revelado.
Aliás, com a restauração destes dez mil hectares, a área preparada para a prática da agricultura naquele regadio subirá para 24 mil hectares, uma vez que entre 2004 e 2006 foram reabilitados sete mil hectares, o correspondente a 21 por cento.
Aliás, neste momento, decorre a reabilitação de outros sete mil hectares, e as obras deverão estar concluídas até Dezembro de 2013.
A reabilitação dos primeiros sete mil hectares apresenta, segundo um documento da Hidráulica do Chókwè (HICEP), empresa pública que gere o empreendimento, um incremento significativo da produção agrícola.
Neste contexto, na presente campanha agrícola, dos sete mil hectares já reabilitados estão a ser explorados 6639, dos quais 5781 produziram, na primeira época, 4585 hectares de arroz e 1196 hectares de culturas diversas. Na segunda época, ainda em curso, estão a ser produzidos 858 hectares de culturas diversas, com destaque para hortícolas e cereais.
Para a cultura do arroz, o rendimento desta campanha situa-se em 4,32 toneladas por hectare, contra as anteriores 2,5 a três toneladas, da época anterior, por tonelada.
"Por sector de produção, temos 4,73 toneladas por hectare no sector comercial, cuja ceifa é mecânica, e 4,15 toneladas por hectare, para o sector familiar”, referiu o presidente da Hidráulica do Chókwè, Empresa Pública, Soares Xirinda.
O Regadio do Chókwè, construído nos anos 50, foi projectado para irrigar 33.848 hectares, com uma área potencial actual para agricultura de 23.848 hectares, reduzida devido à perda de 10.000 hectares por salinidade, provocada por problemas de drenagem; a infra-estrutura terciária foi danificada e os canais/valas assoreados pelas cheias de 2000. Os índices mais altos de produção do arroz foram alcançados na campanha 1974/75 na ordem de 70.000 toneladas.
Após a reabilitação dos primeiros sete mil hectares, das acções planificadas para garantir um serviço de rega e drenagem eficiente, destaca-se a limpeza de canais de rega para o fornecimento de água e a limpeza das valas de drenagem, principalmente nos campos de arroz, de modo a melhorar o rendimento das máquinas de ceifa.
Para imprimir maior dinâmica na realização desta actividade, foi reforçada a capacidade de manutenção da HICEP em 2011 com mais 3 escavadoras de braço longo.