Os Estados Unidos de América anunciaram hoje que vão trabalhar com "qualquer pessoa que queira dirigir o povo da Guiné-Bissau para o progresso" e afirmam que existe um Governo de facto a governar o país.
A posição dos Estados Unidos foi revelada hoje aos jornalistas por Russell Hanks, diretor de programas da embaixada americana em Dacar, Senegal, que cobre também a Guiné-Bissau.
O responsável americano foi recebido hoje em audiência pelo primeiro-ministro de transição guineense, Rui de Barros, com quem disse ter havido uma conversa com vista a encontrar as formas para que os Estados Unidos possam ajudar a Guiné-Bissau.
"São contactos normais entre os Estados Unidos e todos os partidos na Guiné-Bissau. São encontros exploratórios para vermos como ajudar a resolver os problemas recentes e antigos para fazer avançar o país", afirmou Russell Hanks, quando questionado sobre o motivo da audiência com Rui de Barros.
"O desenvolvimento deste país é o mais importante. Estamos interessados na situação do povo deste país, pelo progresso do povo", acrescentou Hanks.
Confrontando com o facto de os Estados Unidos dizerem que não reconhecem o Governo de transição mas mesmo assim ter feito uma visita ao primeiro-ministro, Hanks disse não existir nenhuma contradição de posições.
"Para a comunidade internacional cada país tem interesses e razões para reconhecer ou não as novas autoridades do país", sublinhou.
"Em termos internacionais dois factos são importantes: Existe um país aqui, livre. Está aqui um governo, quer seja legítimo ou não, é um governo que está a governar. Estamos dispostos a trabalhar com qualquer pessoa que quer dirigir o povo para o progresso", afirmou Russell Hanks.
MB.
Lusa – 19.06.2012