No posto administrativo de Anchilo
Uma mulher de 38 anos, identificada pelo nome de Esmeralda M., foi violada sexualmente por um grupo constituído por 18 indivíduos, que na altura realizavam a tradicional cerimónia de ritos de iniciação dos macondes. O cenário deu-se na terça-feira passada no posto administrativo de Anchilo, distrito de Nampula, alegadamente porque a vítima transgrediu as regras, circulando próximo do local de realização da cerimónia.
Em contacto com a nossa reportagem, San Tomé Andrique, secretário do bairro 25 de Setembro, que nos forneceu os dados sobre o sucedido, referiu que a intervenção das autoridades comunitárias daquela zona fez com que não tivesse acontecido o pior, tendo, entretanto, encaminhado o caso às autoridades policiais.
Segundo San Tome Andrique que se inteirou da denúncia dos residentes a partir de um grupo de indivíduos que suspeita serem os mentores da agressão física que culminou com a violação sexual da mencionada cidadã, provocando-lhe, em consdequência, graves ferimentos nos órgãos sexuais.Facto que obrigou à sua imediata evacuação para o Hospital Central de Nampula, onde beneficiou do necessário tratamento sanitário e aconselhamento psicológico.
Entretanto, Samil Rodrigues Salamo, médico observador de casos relacionados com a violação no Hospital Central de Nampula afirma que a vítima necessita de um exame geral, mas agora está a tomar os medicamentos que lhe foram receitados e admite a possibilidade de vir a ser submetida a uma intervenção cirúrgica.
O secretário do bairro 25 de Setembro explicou que, para lograrem os seus intentos, os marginais imobilizaram a boca da mulher, primeiro com as mãos e, depois, com trapos, impedindo-a, portanto, de gritar por socorro ou despertar a atenção das pessoas que circulavam próximo do local.
Aproveitando a circunstância, o nosso interlocutor dirigiu um veemente apelo às população no sentido de pôr cobro a prática daquele tipo de agressões, particularmente naquela zona que serve de caminho para os residentes dirigirem-se ao rio para cartar água ou ir buscar combustível lenhoso na mata existente nas proximidades. A vítima diz-se traumatizada pela forma agressiva e sucessiva com que foi abusada pelos seis violadores.
WAMPHULA FAX – 15.06.20212