O dinheiro dos cofres da instituição de previdência social investido é o mínimo que os distritos recebem para promover a produção de comida e emprego.
Numa altura em que o discurso do Governo está centrado na necessidade de contenção de despesas, com os principais doadores do Estado sob medidas de austeridade, o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) investiu sete milhões, seiscentos e vinte e quatro mil, duzentos e oitenta e dois meticais, oitenta e seis centavos, ou seja, cerca de 250 mil dólares norte-americanos, na reabilitação de uma vivenda localizada no bairro Fomento, na cidade da Matola, para acomodar a directora-geral da instituição, Rogéria Muianga.
Facto curioso é que, na placa de identificação da obra, o lugar onde estava inscrito o nome da nova inquilina do imóvel, isto é, a respectiva directora-geral do Instituto Nacional de Segurança social, encontra-se borrado, o que alimenta dúvidas sobre o montante envolvido na empreitada, cujo valor poderia ser suficiente para adquirir um imóvel ou optar-se por uma construção de raiz.
O PAÍS – 14.06.2012