SAMORA Machel, primeiro Presidente de Moçambique, sonhou em transformar a província de Niassa, erguendo, no distrito de Unango, uma cidade modelo, para o orgulho dos moçambicanos e para o benefício de todos aqueles cidadãos do mundo que interagem com o nosso país, segundo disse ontem, o Chefe do Estado, Armando Guebuza.
Falando pouco depois de proceder à inauguração do monumento erguido na Praça da Liberdade na cidade de Lichinga, em memória de Samora Machel, Guebuza, que cumpre hoje o terceiro dia de presidência aberta, explicou que, através do projecto dos 400 mil hectares que em Niassa abarcava Lichinga, Unango e Mandimba, o Presidente Samora Machel idealizou um projecto produtivo que deveria colocar a população desta região, e de todo o país, numa posição vantajosa na luta contra a pobreza e o subdesenvolvimento e na criação das bases materiais para o progresso nacional.
“Na qualidade de Presidente da República, Samora Machel deixou um vasto legado de obras, projectos, sonhos dirigidos a esta província. São projectos e programas que, no seu conjunto, reflectem a grande expectativa que ele alimentava em relação a Niassa, como uma base fundamental para o desenvolvimento de Moçambique” – afirmou o PR.
Recordando ainda algumas das mais emblemáticas e indeléveis marcas do Presidente Samora Machel, o Chefe do Estado explicou que, na qualidade de dirigente político-militar do movimento de libertação, ele dirigiu as operações político-militares que culminaram, em Outubro de 1965, com a abertura da Frente do Niassa Oriental em M´sawize, actual distrito de Mavago. Nessa altura, ao que sublinhou Guebuza, a Frente de Libertação de Moçambique dividia esta província em Niassa Ocidental, que compreendia os actuais distritos de Lichinga, Lago e Sanga; e Niassa Oriental, que compreendia os actuais distritos de Mavago, Mecula, Majune, Marrupa, Nipepe e Metarica; assim como Niassa Austral que compreendia os distritos de Cuamba, Ngaúma, Mandimba e Mecanhelas.
“Este acto guerrilheiro de grande bravura marcou uma etapa fundamental na gesta libertadora do nosso povo e, com isso, o nome do Presidente Samora Machel ficou indelevelmente gravado no chão desta província a partir dessa altura” – disse.
A cerimónia de inauguração da estátua de Samora Machel foi testemunhada por milhares de pessoas oriundas de diferentes quadrantes da província de Niassa. O acto, enquadrado nas actividades da presidência aberta, faz parte das celebrações da vida e obra do Presidente Samora Machel, lançadas no ano passado.
Entretanto, no prosseguimento da presidência aberta, Armando Guebuza escala hoje o distrito de Mavago, mais concretamente o posto administrativo de M´sawise, onde deverá visitar uma escola no cumprimento da orientação “um aluno, uma planta, por ano”. Deverá ainda orientar um comício popular e a sessão extraordinária da secretaria local.- Hélio Filimone