– diz historiador Suíço, Professor Dr. Eric Morier-Genoud, que lançou semana finda livro sobre nacionalismo em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau.
“Toda a gente sabe que o partido no poder tem um papel muito preponderante e com peso na sociedade, talvez, maior do que devia ser. Quem não dá apoio (ao partido) e quem não concorda ou discorda abertamente pode ter dificuldades. Há também uma distribuição bastante ilegal das riquezas. Portanto, penso que há mais que a gente possa fazer.” – Professor Dr. Eric Morier-Genoud
O Professor Eric Morier-Genoud, estudioso suíço lançou há dias um livro em Maputo, intitulado “Sure Road? Nationalisms in Angola, Guine Bisau & Mozambique”. Concedeu uma entrevista ao Canal de Moçambique para falar da obra que ele editou. Na entrevista, o Professor Dr. Eric Morier-Genoud desmonta algumas teorias históricas oficiais do Estado moçambicano. Por exemplo, quando fala sobre a guerra dos 16 anos, nega que esta tenha sido toda ela de desestabilização, como o Governo da Frelimo oficialmente considera. Eric entende que o que iniciou como guerra de desestabilização, encontrou terreno fértil internamente para virar guerra civil. Diz também que deve se estudar mais figuras consideradas “reaccionárias” pelo regime, como Padre Gwengere, Uria Simango. Analisando a situação actual do País, considera que o partido Frelimo tem peso a mais na sociedade e que quem não apoia o partido no poder pode ter dificuldades para progredir em Moçambique. Eis a entrevista na íntegra que voltamos a reproduzi aqui no Canalmoz:
Canal de Moçambique (Canal) – Dr. Morier-Genoud veio a Moçambique para proceder ao lançamento do livro, «Sure Road? Nationalisms in Angola, Guine Bisau & Mozambique». Trata-se de uma obra que inclui trabalhos de vários académicos como o Dr. Michel Chahen, Georgi Derlugian, Fernando Tavares Pimenta, para apenas citar alguns. O senhor como editor desta obra, pode dar-nos uma indicação sobre as linhas mestras que orientaram a publicação do livro?
Leia em http://canalmoz.co.mz/hoje/23345-partido-frelimo-tem-peso-a-mais-na-sociedade.html