Fernando Soares Campos
As histórias de batalhas e guerras (assim como as da política, das sociedades, das religiões, das revoluções, das civilizações, enfim, as histórias da humanidade) contadas pelos vencedores têm quase sempre um falso brilho, em que se entremeiam ações supostamente heroicas com um aspirado moral superior e pretendida moral alicerçada em consagrados princípios éticos.
Quando eventualmente os vitoriosos tratam dos seus próprios erros, dão sempre um jeito de atribuir a responsabilidade de seus “equívocos” aos derrotados inimigos, que, segundo eles, os teriam “ardilosamente” induzido a cometê-los. Também quando um dos seus pares pratica ilicitude, e o fato escapa a um providencial abafamento e cai no conhecimento geral, os “bem-intencionados” contadores de suas histórias creditam a si próprios a justa correção de conduta, simplesmente condenando o “pecador” ao ostracismo e fazendo crer que aquilo não passou de caso isolado, comportamento “inabitual” entre os seus.
NOTA:
Sempre assim foi e assim será.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE