A Renamo fez um ultimato à polícia local para abandonar a sua delegação até ao final da semana.
A polícia de
Nampula diz desconhecer ameaças da Renamo, mas assegura estar preparada para responder a qualquer eventualidade relacionada com a tranquilidade pública. Esta semana, a Renamo deu à polícia local um ultimato para abandonar a sua delegação naquela capital provincial. A Renamo
ameaça deixar Nampula a arder, caso até finais desta semana os agentes da Força de Intervenção Rápida que se encontram instaladas na sua delegação não abandonem o local. O porta-voz da polícia da, Inácio Dina
disse à Voz da América que “à policia, ainda não foi comunicado nada a respeito
dessa ameaça”.
Recordamos que foi num comício popular no último fim-de-semana que a Renamo em Nampula explicou que já havia feito um ultimato ao governador, não apenas para a retirada da FIR da sua delegação como também para libertar os pouco mais de trinta ex-guerilheiros detidos nos confrontos de Março passado.
“Nós como
polícia, achamos que não devemos nos meter no assunto. Se eles conversaram com o governador, ele devia dizer algo. O que temos a dizer é que estamos preparados quer em termos de efectivos, quer em termos de material para responder a qualquer acção que perturbe a ordem e tranquilidade públicas” disse Dina, mesmo sem ter aceitado gravar a entrevista.
Coincidência ou não, na manhã desta 3ª feira, o governador de Nampula, Felismino Ernesto Tocoli, foi visitar o comando da corporação com objectivos de se inteirar do grau de operacionalidade policial. Inácio Dina garante que, durante a visita do governante ao comando da polícia, não transmitiu nada a respeito das exigências da Renamo.
O chefe Nacional de Organização e Estatística da Renamo, Meque Braz diz que a sua formação política não permitirá realização de mais eleições no território nacional, enquanto o partido no poder, Frelimo, continuar a partidarizar o aparelho do Estado.
VOA – 29.08.2012