Os ministros
das finanças da África Austral vão reunir-se esta semana na capital moçambicana
para debater modos de travar o crescente problema do “branqueamento” de
capitais na região.
O fenómeno de “lavagem de dinheiro” é considerado preocupante no Mundo e na
região da África Austral.
No entanto, Moçambique não tem estatísticas quantitativas do dinheiro que perde
com o crime de branqueamento de capitais, mas o gabinete de informação
financeira de Moçambique garante que os prejuízos são avultados.
Os peritos em finanças já estão em Maputo a trabalhar nos aspectos concretos de
aplicação dos padrões normativos internacionais da acção financeira, tendo como
fim o combate ao branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo e
narcotráfico.
Este ano, o procurador-geral, Augusto Paulino, agitou os ânimos ao dizer que
muitas obras privadas de construção civil de grande vulto em curso na cidade de
Maputo podem estar relacionadas com a lavagem de dinheiro.
Para o juiz Paulino, a economia do país sozinha não está em condições de suportar os elevados custos das majestosas mansões que estão sendo erguidas dentro e nos arredores da capital do país.
Mas a instituição que dirige ilibou no ano passado o empresário Momad Bachir Sulemane, acusado pelos Estados Unidos de ser um dos maiores barões de droga em África e no Mundo.
No final de uma investigação policial a procuradoria emitiu um comunicado dizendo que não se apuraram indícios suficientes de prática de actos que consubstanciem o tráfico de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas por aquele empresário que construiu sozinho um dos maiores complexos comerciais de Moçambique.
VOA – 29.08.2012